Nas últimas semanas, o
aumento do desmatamento e dos focos de incêndio na Amazônia tem feito o governo
federal ser alvo de críticas no Brasil e no exterior. No Brasil, entretanto, a
Amazônia não é o único bioma ameaçado. O Cerrado e a Caatinga também correm
risco.
Restam para as ações de
fiscalização do Ibama até o fim do ano, menos de R$ 19 milhões. Essas informações
foram passadas pelo jornal O Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 13 de
setembro, a partir de informações obtidas junto Sistema Integrado de
Planejamento e Orçamento - Siop, da Secretaria de Orçamento Federal.
Com isso o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente - Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
ICMBio, seguem em risco de não terem recursos sequer para cumprir seus
compromissos até o final do ano.
Nesse ínterim, em 11 de
setembro - dia do Cerrado, um seminário na Câmara dos Deputados, reuniu em
Brasília povos tradicionais e defensores do meio ambiente, que entregaram aos
deputados um abaixo-assinado com 570 mil assinaturas pedindo a votação da
Proposta de Emenda Constitucional (PEC 504/10) que inclui o Cerrado e a
Caatinga entre os patrimônios nacionais.
Segundo o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais - Inpe, entre agosto de 2017 e julho de 2018, foram
desmatados mais de 6,5 mil quilômetros quadrados de Cerrado. A Proposta de
Emenda à Constituição que transforma o Cerrado e a Caatinga em patrimônio
nacional está pronta para a pauta do Plenário da Câmara.
Mas se for aprovada
haverá recursos para a implementação de ações visando a preservação desses
biomas? O governo atual apoiaria tais medidas? O País segue por um triste
momento de incertezas, ao mesmo tempo em que a natureza segue correndo risco de morrer pouco a pouco.
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Créditos da Foto: Bruno Kelly/Reuters Fontes: Agência Câmara de Notícias e Estadão Conteúdo |
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