sexta-feira, 13 de setembro de 2019

570 mil assinaturas pedem transformação do Cerrado em patrimônio nacional, mas Ibama segue sem verbas


Nas últimas semanas, o aumento do desmatamento e dos focos de incêndio na Amazônia tem feito o governo federal ser alvo de críticas no Brasil e no exterior. No Brasil, entretanto, a Amazônia não é o único bioma ameaçado. O Cerrado e a Caatinga também correm risco.

Restam para as ações de fiscalização do Ibama até o fim do ano, menos de R$ 19 milhões. Essas informações foram passadas pelo jornal O Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 13 de setembro, a partir de informações obtidas junto Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - Siop, da Secretaria de Orçamento Federal.  

Com isso o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, seguem em risco de não terem recursos sequer para cumprir seus compromissos até o final do ano.
Nesse ínterim, em 11 de setembro - dia do Cerrado, um seminário na Câmara dos Deputados, reuniu em Brasília povos tradicionais e defensores do meio ambiente, que entregaram aos deputados um abaixo-assinado com 570 mil assinaturas pedindo a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 504/10) que inclui o Cerrado e a Caatinga entre os patrimônios nacionais.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe, entre agosto de 2017 e julho de 2018, foram desmatados mais de 6,5 mil quilômetros quadrados de Cerrado. A Proposta de Emenda à Constituição que transforma o Cerrado e a Caatinga em patrimônio nacional está pronta para a pauta do Plenário da Câmara.

Mas se for aprovada haverá recursos para a implementação de ações visando a preservação desses biomas? O governo atual apoiaria tais medidas? O País segue por um triste momento de incertezas, ao mesmo tempo em que a natureza segue correndo risco de morrer pouco a pouco.

Créditos da Foto: Bruno Kelly/Reuters

Fontes: Agência Câmara de Notícias e Estadão Conteúdo


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