sexta-feira, 29 de março de 2024

O significado da Páscoa e sua importância para a humanidade

O domingo de Páscoa é o mais importante acontecimento do cristianismo, por marcar a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus que habitou entre nós, seres humanos.

A origem da palavra "Páscoa" é hebraica, vem de "Pessach" e significa "passagem", em comemoração à travessia do Mar Vermelho pelo povo judeu para se libertar de um longo período de escravidão no Egito e foi instituída em 1513 a.C.

Antes disso, a palavra Pessach era utilizada pelos povos que habitavam a bacia do Mediterrâneo para prestar sacrifícios de gratidão aos deuses pela colheita, que ocorria na primeira lua cheia da primavera.

A igreja cristã que se estabeleceu em Roma seguiu as normas judaicas para celebrar a semana santa seguida da Páscoa, que acontece na primeira lua cheia da primavera, no hemisfério norte, e no outono do hemisfério sul.

A Páscoa dos católicos, é celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia eclesiástica e a tradição de se presentear com ovos, nada tem a ver com o catolicismo, pois surgiu na Ucrânia.


Bem antes do início da era cristã já havia o costume, entre os ucranianos, de se trocar ovos coloridos artisticamente com motivos da natureza.

Na Ucrânia se dá o nome a essa tradição de “pêssanka”, em celebração à chegada da primavera no leste europeu.


Os chineses também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a entrada da estação mais florida do ano.

Para deixá-los coloridos, cozinhavam os ovos com beterrabas, mas não era para comer e sim para dar de presente por representar o início da vida.

A tradição de se homenagear a entrada da primavera continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.


A ideia de se dar ovos como presentes de Páscoa, para serem devorados, começou na França do século 18, mas de um modo diferente.

Em vez de chocolate, os ovos eram feitos de marzipan, uma pasta de amêndoas açucaradas que fez muito sucesso, especialmente entre as crianças.


O coelho da Páscoa veio para a América com os alemães imigrantes do século 19 e o animalzinho, é associado à Páscoa pelo fato de se reproduzir rapidamente, símbolo de fertilidade e vida nova.

A Páscoa Cristã dos católicos do Brasil, é a mesma dos cristãos japoneses e de todos os demais países que seguem o calendário romano.









Colaborou: Valéria Rambaldi




domingo, 24 de março de 2024

Tome cuidado para não praticar o capacitismo, ele é perigoso

Durante evento online realizado em 15 de março de 2024, o Fórum Paulista para Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, apresentou moção de apoio à cartilha "Combata o Capacitismo".


O documento busca esclarecer a sociedade sobre ações de combate ao preconceito em relação às pessoas com deficiência.

Para se promover a inclusão, é necessário antes, envolver todos em uma mudança de atitude até mesmo no modo de conversar. 

Se faz necessário compreender o comportamento de cada pessoa, de acordo com o seu tipo e grau de deficiência. 

Pode parecer difícil, mas com o tempo todos se habituam.

Mesmo os professores precisam de orientação para o exercício das práticas pedagógicas em relação aos alunos PCDs.


Pode parecer difícil, mas não é, basta ter boa vontade e ler as indicações da cartilha elaborada pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, com a participação de outras entidades.





Capacitismo é um tipo de discriminação que se inicia, por exemplo, com aquele ou aquela, que se dirige ao acompanhante em vez de se dirigir diretamente à pessoa com deficiência.

Isso acontece muito com as recepcionistas de consultórios médicos, geralmente por falta de orientação a elas.

Outro caso é o de referir-se a uma PCD a chamando de “ceguinha”, “aleijadinha” e outros termos pejorativos.

Não se trata de impor o “politicamente correto”, mas é preciso considerar todas pessoas como seres humanos iguais uns aos outros.


A noção de que cidadãos portadores de deficiências são inferiores aos demais, incorre em erro grave passível de punição.

Os termos estão especificados nos artigos 88 a 91, da Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146 de 6 de julho de 2015.


O capacitismo está relacionado às pessoas com deficiência, assim como o machismo está para as mulheres e o racismo aos negros.

Claro que a prática ocorre na maioria das vezes - vale frizar - pela existência ainda, de pessoas desinformadas sobre o tema e que agem por impulso ou por total desconhecimento.

Dessa constatação surgiu a necessidade de se elaborar a cartilha de combate ao capacitismo.


Há também os que se habituaram e só aceitam conviver com seres visualmente perfeitos.

Basta lembrar que na Alemanha de Hitler, se defendia os princípios da eugenia para a criação de indivíduos tidos como perfeitos e, a partir deles, se “aperfeiçoar” a espécie humana.

Imaginem se os nazistas tivessem vencido a guerra o que seria do Brasil, uma nação multirracial?

Negros e pardos retornariam à escravidão e os portadores de deficiências seriam todos fuzilados?


Ainda bem que temos hoje um país democrático que, embora atrasado em vários aspectos, elabora programas educativos como a cartilha "Combata o Capacitismo".


Para baixar a cartilha acesse: Combata o Capacitismo (fiocruz.br)

Fontes e imagens: Observatório Direitos Humanos/ PCD Legal/LBI – Lei Brasileira de Inclusão/ Vida Mais Livre/Fiocruz/Fórum Paulista p/Inclusão e Acessibilidade/Wikipedia

 

sábado, 16 de março de 2024

Virou moda desacreditar a mídia, falar mal do jornalismo e dos jornalistas: Entenda os motivos


Cada vez mais pessoas preferem se informar pelo WhatsApp do que acompanhar as notícias trazidas pela mídia, só que este não é um bom caminho.

Muitos reclamam, não sabem mais em quem confiar e questionam: Qual o melhor noticiário, ou o menos tendencioso? "Queremos assistir notícias de fato verdadeiras", me dizem.



Sobre os assuntos as opiniões divergem, mas todo veículo de imprensa tem um perfil ao qual damos o nome de linha editorial, que varia de acordo com a classe social do público leitor, do tipo de anúncio que é veiculado, etc.

Por exemplo, a Folha e o Estadão seguem linhas editoriais diferentes, mas fazem um jornalismo de credibilidade.

Tudo o que é noticiado nesses jornais foi antes checado, mas se eventualmente acontecerem erros, os responsáveis pela notícia poderão responder judicialmente pelos prejuízos ou danos morais causados às pessoas envolvidas, empresas ou instituições.

Em outras palavras, para fazer jornalismo sério, é preciso ter nome endereço e CNPJ. 




Não existe mais no Brasil a censura prévia, aquela que definia antes o que os jornais poderiam publicar ou não. 

A televisão, o teatro e o cinema também passavam pela vigilância da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal.

Nossa constituição cidadã, promulgada em 1988, nos assegurou e assegura a liberdade de expressão. Todos nós, jornalistas ou não, devemos usufruir de nossa liberdade com responsabilidade. 




Muitos influenciadores não sabem o que é censura ou como ela funcionava durante o regime militar, mas se dizem censurados, na verdade não sabem o que falam. 

Escrevo isso porque nas redes sociais, cada vez mais pessoas, se comportam igual ao menino que atira uma pedra na vidraça e sai correndo. 

Como teremos eleições daqui alguns meses, precisamos ficar atentos em relação a tudo que venha a ser mostrado pelas redes sociais.

O Congresso Nacional e o Tribunal Superior Eleitoral – TSE já se manifestaram a respeito, com a elaboração de regras em relação ao uso da Inteligência Artificial. 




A internet é livre, nela estão os “influenciadores digitais”, mas nem todos - claro que há exceções - entendem a fundo os assuntos que abordam.

Nos vídeos que gravam colocam seus pontos de vista que o público pode concordar ou não, mas em uma parte dos casos, esses influenciadores desconhecem a legislação ou atendem aos interesses de ideologias extremistas, com lições de moral e de comportamento.

Se apresentam através do YouTube, Instagram, outras redes, e vão parar no WhatsApp, sem que saibamos seu nome e de onde procede sua informação. Isto não é jornalismo.




Verdade também, é que os jornalistas profissionais precisam se aprimorar, a velocidade da tecnologia exige cada vez mais estudo e atenção, inclusive dos gestores e dos donos das mídias.

Por enquanto aqueles que tentam desacreditar a imprensa, ao que parece, estão ganhando o jogo.

Só mesmo com um trabalho sério e cada vez mais profissional, será possível virar este placar.

Os jornalistas de qualidade precisarão provar para o público que somente através deles será possível o livre direito de se tomar decisões, a partir de informações transmitidas com qualidade comprovada.

Nosso desafio é grande e os caminhos são difíceis no sentido de trazer de volta o elo perdido.




Como tudo se transforma, o tempo ajudará fazer com que surjam formas de mostrar que as redes sociais existem para se compartilhar informações e não como fonte de notícias.

Tomem cuidado para não compartilhar notícias falsas agora e durante o período eleitoral, as fake news existem a serviço dos querem disseminar o ódio e desestabilizar as sociedades, por isso passam longe de serem pessoas sérias.

Por ser blogger também atuo como influenciador digital. Se quiser, interaja comigo deixando seu comentário e de preferência coloque seu nome.


quinta-feira, 7 de março de 2024

O Dia Internacional da Mulher e a “Mística Feminina”

 A história da emancipação feminina começa na data 8 de março, em 1857. Mulheres operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York, iniciam uma série de manifestações na busca de diminuir a extenuante jornada de trabalho e sobre elas há violenta repressão.

Trancafiadas em uma das dependências da fábrica, acabam vítimas de um incêndio considerado criminoso e 130 tecelãs morrem carbonizadas. A ação desumana abala a sociedade civil e repercute mundialmente.





A partir de então, a data 8 de março passa a ser lembrada para a reflexão das condições enfrentadas pelas mulheres em seu cotidiano, seja no mercado de trabalho, nas relações sociais e com seus familiares.

No Brasil o papel da mulher durante séculos foi sempre o da submissão, tanto que em 1916 surge uma legislação para tratar do assunto, mas ainda assim de cunho patriarcal.





O “Estatuto da Mulher Casada”, passa a estabelecer direitos às esposas abandonadas pelos maridos, mas para as solteiras, entretanto, o tratamento jurídico era outro.

A luta pelos direitos da mulher só ganha força efetiva, a partir de 1963 e ainda assim, nos Estados Unidos, quando a militante feminista Betty Friedan (1921-2006), publica seu best-seller “A Mística Feminina”.

Na obra ela sugere igualdade de direitos entre mulheres e homens, especialmente no mercado de trabalho e lança críticas à postura passiva de boa parte das mulheres de sua época.

As tradições pregavam que o trabalho da mulher, especialmente daquela que fosse casada, estivesse voltado unicamente às prendas domésticas e ao comportamento servil.





Betty Friedan combate essa postura e lança questionamentos a respeito do assédio sexual sofrido no mercado de trabalho por boa parte das solteiras.

Em 7 de setembro de 1968, um evento de protesto reune cerca de 400 ativistas do Movimento de Liberação da Mulher, em Atlantic City, cujo nome em inglês “Bra-Burning” é traduzido pela imprensa brasileira como “Queima de Sutiãs.”

Na verdade, nada é queimado naquele dia, há sim uma manifestação de mulheres contrárias ao concurso para a escolha da Miss Estados Unidos. 

As manifestantes entendem que a escolha da americana “mais bonitinha”, é também uma forma de opressão à mulher, tratada como objeto.





As manifestantes colocam em frente ao teatro onde se realiza o concurso sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas de moda, espartilhos, cintas e outros itens femininos. 

Alguém sugere que coloquem fogo em tudo, mas nada é queimado naquele dia. Depois, com a repercussão, aí sim sutiãs foram queimados em vários cantos do mundo. 

Daí em diante, outras reações surgem e algumas mulheres partem para o confronto de ideias para combater o machismo excessivo de certos homens.

Em 1975, a Organização das Nações Unidas - ONU, oficializa o 8 de março como Dia Internacional da Mulher, no sentido de diminuir a violência nos lares e no trabalho.





Agora em pleno século 21, as mulheres brasileiras seguem na luta por mais respeito e menos violência, mesmo com a existência de leis de proteção como a “Maria da Penha”, entre outras.

Existe um outro lado para realçar o posicionamento da mulher atual em relação a si mesma: “Feminista, sem deixar de ser feminina!”

O batom, o salto alto e a maquiagem seguem na moda para que as mulheres se sintam como elas sempre foram: “Encantadoras!”





Pesquisa: Valéria Rambaldi
Fotos coletadas no Google