Cada vez mais pessoas preferem se informar pelo WhatsApp do que acompanhar as notícias trazidas pela mídia, só que este não é um bom caminho.
Muitos reclamam, não sabem mais em quem confiar e questionam: Qual o melhor noticiário, ou o menos tendencioso? "Queremos assistir notícias de fato verdadeiras", me dizem.
Sobre os assuntos as opiniões divergem, mas todo veículo de imprensa tem um perfil ao qual damos o nome de linha editorial, que varia de acordo com a classe social do público leitor, do tipo de anúncio que é veiculado, etc.
Por exemplo, a Folha e o Estadão seguem linhas editoriais diferentes, mas fazem um jornalismo de credibilidade.
Tudo o que é noticiado nesses jornais foi antes checado, mas se eventualmente acontecerem erros, os responsáveis pela notícia poderão responder judicialmente pelos prejuízos ou danos morais causados às pessoas envolvidas, empresas ou instituições.
Em outras palavras, para fazer jornalismo sério, é preciso ter nome endereço e CNPJ.
Não existe mais no Brasil a censura prévia, aquela que definia antes o que os jornais poderiam publicar ou não.
A televisão, o teatro e o cinema também passavam pela vigilância da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal.
Nossa constituição cidadã, promulgada em 1988, nos assegurou e assegura a liberdade de expressão. Todos nós, jornalistas ou não, devemos usufruir de nossa liberdade com responsabilidade.
Muitos influenciadores não sabem o que é censura ou como ela funcionava durante o regime militar, mas se dizem censurados, na verdade não sabem o que falam.
Escrevo isso porque nas redes sociais, cada vez mais pessoas, se comportam igual ao menino que atira uma pedra na vidraça e sai correndo.
Como teremos eleições daqui alguns meses, precisamos ficar atentos em relação a tudo que venha a ser mostrado pelas redes sociais.
O Congresso Nacional e o Tribunal Superior Eleitoral – TSE já se manifestaram a respeito, com a elaboração de regras em relação ao uso da Inteligência Artificial.
A internet é livre, nela estão os “influenciadores digitais”, mas nem todos - claro que há exceções - entendem a fundo os assuntos que abordam.
Nos vídeos que gravam colocam seus pontos de vista que o público pode concordar ou não, mas em uma parte dos casos, esses influenciadores desconhecem a legislação ou atendem aos interesses de ideologias extremistas, com lições de moral e de comportamento.
Se apresentam através do YouTube, Instagram, outras redes, e vão parar no WhatsApp, sem que saibamos seu nome e de onde procede sua informação. Isto não é jornalismo.
Verdade também, é que os jornalistas profissionais precisam se aprimorar, a velocidade da tecnologia exige cada vez mais estudo e atenção, inclusive dos gestores e dos donos das mídias.
Por enquanto aqueles que tentam desacreditar a imprensa, ao que parece, estão ganhando o jogo.
Só mesmo com um trabalho sério e cada vez mais profissional, será possível virar este placar.
Os jornalistas de qualidade precisarão provar para o público que somente através deles será possível o livre direito de se tomar decisões, a partir de informações transmitidas com qualidade comprovada.
Nosso desafio é grande e os caminhos são difíceis no sentido de trazer de volta o elo perdido.
Como tudo se transforma, o tempo ajudará fazer com que surjam formas de mostrar que as redes sociais existem para se compartilhar informações e não como fonte de notícias.
Tomem cuidado para não compartilhar notícias falsas agora e durante o período eleitoral, as fake news existem a serviço dos querem disseminar o ódio e desestabilizar as sociedades, por isso passam longe de serem pessoas sérias.
Por ser blogger também atuo como influenciador digital. Se quiser, interaja comigo deixando seu comentário e de preferência coloque seu nome.