sábado, 27 de fevereiro de 2021

O Dia do Piloto de Helicóptero e sua relação com os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma

Em 24 de fevereiro se comemora o Dia do Piloto de Helicóptero Brasileiro, uma data histórica e ainda pouco lembrada.

Nesta data, no ano de 1972, doze pilotos de helicóptero participaram de uma ação conjunta de revezamento em pousos e decolagens para salvar vítimas de um incêndio no Edifício Andraus, localizado na Avenida São João, em São Paulo.


Foram cerca de 150 operações deste tipo, em meio à fumaça e ao fogo. Graças aos pilotos foram resgatadas cerca de 700 das 1.200 pessoas presentes no edifício quando as chamas começaram

As vítimas com ferimentos leves eram transportadas para o Campo de Marte e as mais graves para um ponto de pouso improvisado na Praça Princesa Isabel, e em seguida conduzidas em ambulâncias para o Hospital das Clínicas ou Santa Casa.

O risco para os pilotos era grande, porque havia muita fumaça e um vento forte, acima dos 30 Km/h, que dificultava as operações.

Construído com 32 andares e 115 metros de altura, o Edifício Andraus até hoje não dispõe de heliponto, possui apenas uma laje.


Foi nesta laje que os comandantes se dispuseram a pousar para o auxílio das vítimas, a Polícia Militar ainda não contava com seu braço aéreo à época.

Aeronaves civis sem os mesmos recursos das atuais, como o Enstron F-28, Hughes 300, Bell Jet Ranger 206 e 204, além do Hiller FH-1100 foram utilizadas.

O primeiro a pousar foi o Comandante Olendino Francisco de Souza, que na época voava com um Bell 204, a serviço do Governo do Estado de São Paulo. 


Depois dele, um a um dos 12 pilotos foram se revezando nas operações de resgate sobre o topo do Andraus. 

O comandante Cláudio Finatti que cheguei a conhecer, mas não voei com ele, tinha na época menos de 400 horas de voo. 


Apesar do seu Enstron F-28 ter apenas dois lugares para passageiros, fez nada menos que 11 pousos e resgatou 22 pessoas.

O trabalho foi difícil porque as escadas magirus, de 60 metros, não alcançavam nem a metade da altura do prédio.

Nesse tempo não havia brigadas de incêndio entre os funcionários de prédios corporativos e, sem ninguém treinado para orientar as pessoas sobre como embarcar nos helicópteros, se perdia muito tempo. Ainda assim, muitas vidas foram salvas.

O Edifício Andraus, naquele tempo, abrigava empresas multinacionais bem conhecidas, como a Shell e a Henkel. Seus quatro primeiros andares eram ocupados pelas Casas Pirani, loja de departamentos com preços populares cujo slogan era: A gigante de São Paulo.


O fogo teve início por volta das 16 horas por sobrecarga no sistema elétrico. Várias emissoras de Rádio e TV interromperam suas programações e passaram a transmitir ao vivo o trabalho dos bombeiros.

Neste incêndio morreram 16 pessoas, entre elas o presidente da Henkel, Paul Jürgen Pondorf. 

As irregularidades detectadas pela perícia, após o incêndio no Edifício Andraus, não foram suficientes para evitar uma nova tragédia ainda maior, no incêndio do Edifício Joelma, em 1º de fevereiro de 1974, com 191 mortes. 


Neste arranha-céu do centro, localizado na Avenida 9 de Julho, não havia sequer uma laje no topo que possibilitasse o pouso de helicópteros.

A única aeronave que conseguiu efetivamente fazer resgates foi um UH-1H, da Força Aérea Brasileira, cujo piloto para a retirada das pessoas de cima do Joelma, precisou fazer um pairado sobre o edifício. 


Este era o único modelo disponível com potência suficiente para fazer esse tipo de operação naquelas condições de calor.

Os pilotos civis, na impossibilidade de conseguirem ajudar na retirada das vítimas do topo do Edifício Joelma, operavam do heliponto não homologado da Câmara Municipal, conduzindo para os hospitais os casos mais graves.


Além das 191 mortes, mais de 300 pessoas sofreram queimaduras decorrentes deste incêndio de 1974.

Serve de consolo para as famílias das vítimas do Andraus e do Joelma, a lembrança que essas mortes não foram em vão.

Os dois incêndios contribuíram para alterações no Código de Obras e no Código de Edificações de São Paulo no quesito segurança.


Entre as mudanças ficou definido a criação de espaços para a implantação de helipontos nos grandes edifícios, bem como locais para o pouso de helicópteros em hospitais, como é o caso do Instituto do Coração e da Santa Casa.

O Dia do Piloto de Helicóptero Brasileiro, é um marco na história da aviação mundial.



Fonte: Revista Asas e Acervo Estadão


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Depois dos arranha-céus vieram as Torres - Parte 2

As novas e luxuosas Torres construídas em São Paulo, ajudam a embelezar a cidade. É desta maneira que observo os novos empreendimentos que surgem a todo momento. Desde o primeiro arranha-céu até hoje, são cerca de 45 mil edifícios construídos na capital paulista. O número exato, nem a prefeitura ou o Sindicato da Habitação - Secovi-SP possuem.



Durante meus sobrevoos pela cidade de São Paulo, nos tempos de repórter aéreo, acompanhei as transformações do dia-a-dia, não só no aspecto viário com a construção de novas pontes, túneis ou avenidas, mas também na arquitetura que fez surgir novos edifícios e promoveu a expansão dos bairros.

Um exemplo é o Jardim Anália Franco, antes humilde nos cafundós do Tatuapé e hoje um lugar aprazível e belo com seus edifícios residenciais.


Há paulistanos que reclamam do crescimento desordenado e atribuem à especulação imobiliária, a verticalização exagerada.

Outra versão diz que a especulação não existe e sim, a indústria da construção que gera empregos diretos e indiretos e movimenta a economia do país.

De fato, o mercado imobiliário faz movimentar o dinheiro e, como dizia Adam Smith, "o dinheiro é bom quando ele circula". 

Em termos de moradia, tudo que se constrói em São Paulo é vendido rapidamente, sejam casas populares para famílias de baixa renda ou apartamentos para a classe média ou média alta.

Perto do Jardim Anália Franco, mas ainda dentro dos limites do Tatuapé, está sendo lançado o Residencial Figueira Altos, um edifício de 50 andares, 168 metros de altura, sendo 1 apartamento por andar.


São 47 unidades de 337 m², com 4 suítes, 5 vagas de garagem e, na cobertura, um Duplex Top House de 594m², 5 suítes e pasmem; 8 vagas + depósito.

Haja grana para se comprar um apartamento desses! Claro, tudo pode ser financiado de acordo com o bolso do comprador, não fosse assim nenhum lançamento do tipo aconteceria. 

Quando o custo é maior pode até demorar algum tempo, mas tenham certeza que todas as unidades serão vendidas.

A nova Torre em um bairro antes considerado afastado, é resultado das mudanças feitas no Plano Diretor e na Lei do Zoneamento. Isto possibilitou a a liberdade de se construir arranha - céus no Tatuapé e em pontos da zona leste onde antes só havia casas térreas ou sobrados.

No passado só se pensava em adensar o centro e isso faz lembrar do pai de todos, o Edifício Martinelli, citado na postagem anterior do nosso blog.

No tempo de seu surgimento - 1929 - a Lei de Zoneamento ainda não existia. Ela surgiria somente em 1972, por isso o conde Martinelli nem se preocupou em consultar a prefeitura quando decidiu expandir a construção, fazendo em vez de 14, um total de 30 andares.

Depois outros surgiram arranha-céus surgiram e a cidade se acostumou com eles, mas desta vez é diferente.

O terreno dessa torre no Tatuapé possui 26.398,06 m², cuja capacidade abrigaria facilmente duas torres de 25 andares, mas para isso seria necessário agredir a natureza e cortar uma figueira histórica para o bairro.


A construtora decidiu preservá-la e para isso projetou uma Torre Única com o dobro de altura das torres do projeto original.

Na página do Figueira Altos, a Porte Engenharia e Urbanismo salienta que este será o edifício residencial mais alto da cidade, com 168 metros de altura.

Assim, o Mirante do Vale, edifício empresarial, continuará sendo o arranha-céu mais alto da cidade com 170 metros. Seu recorde não foi batido, entre todos os demais.

Como o assunto em questão é o Figueira Altos observe sua foto a partir de uma perspectiva por computador.👇



Adoro esses assuntos ligados a edifícios, porque assisti a construção lenta e gradual de vários deles ao longo dos meus 21 anos de sobrevoos pela metrópole como repórter aéreo da Rádio Eldorado.

Vi nascer, por exemplo, a Torre Centro Empresarial Nações Unidas, na Marginal do Pinheiros, a mais alta entre as que aparecem na foto, entre o Brooklin e o Itaim Bibi. Essa edificação é de uma beleza invejável.

Em seus 158 metros de altura estão abrigadas empresas multinacionais  muito conhecidas como Hewlett-Packard, Microsoft e Unilever. 👇




Entre 2008 e 2010, assisti a construção gradativa das 7 Torres que hoje compõem o Parque Cidade Jardim, um conjunto residencial de luxo. 

Cada uma delas tem um nome diferente: Begônias, Jabuticabeiras, Magnólias, Ipê, Mantos, Zínias e Resedá.

Elas também são vizinhas da Marginal do Pinheiros, só que no sentido Interlagos e todas tem a mesma altura, 158 metros. 👇



Um belo espécime da arquitetura brasileira, nascido nos anos 2000, é a E-Tower, edifício comercial com 148 metros de altura construído na região da agora próspera Vila Olímpia.👇



Quase ao lado da Estação Pinheiros do Metro, linha 4 amarela, o Birmann 21 onde funciona a Editora Abril, tem 149 metros de altura, conta com antena e heliponto no topo do edifício.👇



Já o Eldorado Business Tower é de 2007, me lembro bem dessa construção. Nunca vi um prédio subir tão rapidamente. Sua empreitada, ocupando parte do terreno do antigo estacionamento do Shopping Eldorado, movimentou empregados dia e noite.

Essa Torre alcançou 142 metros e superou em altura o prédio do antigo Unibanco, na esquina da Eusébio Matoso com a Marginal e está interligada ao shopping que agora tem um estacionamento subterrâneo.👇




Outro que também me lembro é o antigo Bank Boston, cuja Torre foi construída em 2002, na “Orla Paulistana do Rio Pinheiros”.

No passado, toda essa região às margens do Pinheiros era alagadiça e os terrenos custavam barato, as construtoras compraram e levantaram neles esses edifícios luxuosos que valorizaram bairros como o Brooklin, Vila Olímpia, Vila Cordeiro e Itaim Bibi, entre outros.

A Torre do antigo Boston, se chama agora Itaú Bank Fidelité, possui 145 metros de altura e seu estilo corporativo impressiona. Dá a impressão de estarmos em Nova York. 👇



Um edifício comercial em São Paulo ganhou o apelido de Robocop. Sabia? Observe o formato do super herói do cinema e depois confira.



O nome verdadeiro do Robocop paulistano é Plaza Centenário, foi inaugurado por volta de 1995 e sua construção levou oito anos para terminar. Possui 139 metros de altura.

Certa vez pousei no heliponto do Robocop debaixo de chuva, para dar meu lugar no Robinson 22 a um cinegrafista que foi fazer imagens da Represa Guarapiranga para um filme sobre a Capela do Socorro onde participo como historiador entrevistado. 

Depois das filmagens ele retornou, embarquei de novo e continuei meu sobrevoo para falar do trânsito.





Para finalizar, também me lembro com carinho da construção do Edifício Mandarim, no Brooklin, o mais alto entre os edifícios residenciais, superado somente agora pelo Figueira Altos.

O Mandarim tem 28 andares e 134 metros de altura. 👇


Todos esses edifícios localizados na “Orla do Rio Pinheiros” e suas imediações, vimos nascer durante os nossos sobrevoos para ver o trânsito da cidade e observar as paisagens urbanas.

Aos repórteres aéreos de agora recomendo dar atenção a tudo o que estiver sendo construído. Assim será possível depois contar, inclusive aos filhos, sobrinhos ou netos, aquilo que se viu em termos de mudanças a cada voo. A todos vocês, meu abraço.

 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

As torres e os arranha-céus de São Paulo em fotos e histórias – Parte 1

 

O termo arranha-céu ainda é usado, mas a palavra torre para determinar construções vultosas virou moda.


A denominação arranha-céu foi utilizada pela primeira vez na mídia em 1924, para identificar o Edifício Sampaio Moreira, de 12 andares, na Rua Líbero Badaró 136. Nada na cidade de São Paulo era mais alto que ele.


A palavra torre hoje serve para identificar os edifícios comerciais ou residenciais com mais de 40 andares, construídos nas novas regiões nobres da cidade como o Itaim-Bibi, Vila Olímpia, Pinheiros e Brooklin.

Desde então os arranha-céus passaram a ser os já conhecidos e tradicionais edifícios do centro, cujas histórias são bem interessantes.

Não vai dar para falar do que há de novo e velho em única postagem, prometo na próxima semana concluir tudo. Vamos agora tratar do que há de antigo.

Um bom exemplo é o Edifício Mirante do Vale, de 51 andares e 170 metros de altura, inaugurado em 1966 e ainda o mais alto da cidade, mas esse reinado ao que parece está com os dias contados. 

Um empreendimento prestes a ser inaugurado no Tatuapé, promete superar em altura este antigo recordista do centro

No Brasil ele já perde para o Millennium Palace, do Balneário Camboriú, com 177, 3 metros, inaugurado em 10 de agosto de 2014.

A denominação original do ainda maior arranha-céu paulistano, Palácio Zarzur - Kogan, foi mudada para Edifício Mirante do Vale, em 1972.

Decorridos 30 anos dessa mudança, uma campanha interna entre os condôminos, em 1992, decidiu homenagear o empreendedor da obra e o prédio passou a chamar também Edifício W. Zarzur.


Tom Zé, compositor baiano radicado em São Paulo, considera o Edifício Itália, o rei da Avenida Ipiranga.

Majestoso e belo, o nome se deve ao fato da construção ter acontecido no antigo terreno do casarão pertencente ao Circolo Italiano San Paolo, clube formado por imigrantes da Itália estabelecidos na capital paulista.



No lugar do palacete foram erguidos 46 pavimentos em concreto e aço, 165 metros de altura e no topo, o famoso Terraço Itália, com vista panorâmica da cidade.


Na mesma Avenida Ipiranga está o Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer no formato de uma onda. 

Dividido em 35 andares e 115 metros de altura, recebe os moradores de 1.160 apartamentos de dimensões variadas.

O Copan pode ser considerado uma cidade à parte, dentro da metrópole. Foi erguido no terreno de uma parte da antiga Vila Normanda, um conjunto de sobrados de estilo europeu.


Copan é tão grande, que possui CEP próprio: 01046-925 e o síndico desde 1993, Afonso Celso Prazeres de Oliveira, 80 anos, merece status de prefeito.




Já o Edifício Altino Arantes de 161 metros de altura e 32 andares, é considerado um marco representativo da cidade de São Paulo.

Inaugurado em 1947, seu formato faz lembrar o Empire State, de Nova York. Também chamado de edifício Banespa ou Banespão, ganhou de seu novo dono o nome Farol Santander, após receber uma iluminação noturna que muda de cor vez por outra.

O que mais agrada é o fato dele ostentar em seu ponto culminante, a bandeira paulista erguida por São Paulo na defesa da democracia durante a revolução de 1932.



O pai de todos, entretanto, é o Edifício Martinelli, entre as ruas São Bento, Libero Badaró e Avenida São João.

Palco de várias lendas urbanas e com a fama até de ser mal-assombrado, foi inaugurado em 1929, mas de forma incompleta.

Durante a construção começou faltar dinheiro para seu idealizador, o conde Giuseppe Martinelli, que não teve dúvidas.

Viajou para a Itália e foi pedir ajuda financeira ao ditador Benito Mussolini. O mais incrível é que Mussolini deu o dinheiro, mas exigiu que o prédio ficasse mais alto.

O Duce achou pouco se construir apenas 14 andares como previa o projeto original. Seu objetivo era impressionar os italianos residentes em São Paulo, onde também queria perpetuar sua imagem.

A construção ficou pronta em 1934 com 30 pavimentos divididos em quatro torres de 105 metros de altura.

Durante a ampliação surgiu o comentário que tudo viria abaixo porque havia o receio das estruturas não suportarem tanto peso. 

O conde para não afugentar os compradores de seu empreendimento, mandou construir a casa onde iria morar na cobertura do prédio para assim provar que não arriscaria a própria vida em uma obra insegura. Deu certo.



Outro prédio que oferece vista privilegiada a seus visitantes, é o Edifício Banco do Brasil, inaugurado em 1954.

Localizado entre a Rua Quitanda e a Álvares Penteado, bem no calçadão do velho centro, abriga hoje o Centro Cultural Banco do Brasil.

Esse prédio tem toda uma história ligada ao setor bancário porque ali funcionava a central de compensação de cheques de todas as agências dos demais bancos da capital paulista, uma atividade difícil e trabalhosa que empregava muita gente e se estendia madrugada adentro.

São 143 metros de altura,  24 andares e uma vista panorâmica de toda a Avenida São João e outras ruas do centro.



Contei tudo isso, porque na próxima postagem falarei das novas torres surgidas e as que estão sendo construídas nesta São Paulo que não pode parar.

Sendo assim, até lá. Antes, veja mais fotos.


                                                 Conheça o Edifício Copan quando de sua construção nesta foto de 1955

                                  Edifício Martinelli assistiu a visita do dirigível Hindenburg a São Paulo, em 1936

                                   Três magníficos representantes da arquitetura art déco em pleno centro da cidade


sábado, 6 de fevereiro de 2021

13 de fevereiro: Dia Mundial da Rádio, uma nova data comemorativa

Tenho conversado habitualmente pelas redes sociais com Mohamed El Kamel, radialista supervisor da Rádio Cairo Internacional.

Ele mora no Egito, o país das pirâmides e da esfinge, cuja emissora oficial  pertencente ao governo, transmite para o Brasil uma programação diária em língua portuguesa que pode ser sintonizada em ondas curtas ou via internet.


Sua audiência é muito boa porque além dos nascidos no mundo árabe residentes em nossa Pátria, os dexistas aficionados pelo rádio em ondas curtas sintonizam a programação. Alguns integrantes deste grupo de ouvintes de rádio, integra o DX Clube do Brasil (www.ondascurtas.com).


No Brasil, moradores de localidades que fazem parte da região amazônica, onde a internet ainda não chega, utilizam habitualmente o rádio em ondas curtas para ouvir músicas ou notícias.

A Rádio Cairo ressalta em sua programação valores culturais e históricos do mundo árabe em uma linguagem dirigida aos brasileiros.



Dia desses, o superintendente da Rádio Cairo pediu para que eu escrevesse pelo WhatsApp um breve comentário sobre o Dia Mundial da Rádio, comemorado em 13 de fevereiro.

No Brasil, o Rádio é o veículo e a Rádio é a emissora, aqui sempre foi assim.

Em outros países de língua portuguesa não é dia mundial do, mas da Rádio. Achei interessante, concluí que a pronúncia no feminino se dá pelo fato da palavra rádio ser derivada de irradiação.

Antes de enviar minha mensagem, me pus a pesquisar a data e levantei que o Dia Mundial da Rádio surgiu por iniciativa da Unesco, entidade das Nações Unidas voltada à Educação, Ciência e Cultura.

Em 13 de fevereiro de 1946 se deu a formação, pela primeira vez na história das comunicações, de uma rede de emissoras para a transmissão de um programa que foi ao ar simultaneamente em seis países.

Tal possibilidade fez surgir a Rádio das Nações Unidas, também conhecida como Rádio ONU, para promover a integração entre os países, através do rádio como veículo de comunicação.

Em 2011 a Unesco encaminhou à Assembleia Geral da ONU, a proposta de criação do Dia Mundial da Rádio cuja aprovação se deu por unanimidade.

A Unesco desenvolve projetos de cooperação internacional para atender comunidades carentes, muitas delas afastadas dos centros urbanos. 

Neste aspecto o rádio desenvolve um papel fundamental pela rapidez na informação e facilidade de sintonia. 

Em vários países do continente africano, o rádio continua sendo o veículo de comunicação mais utilizado pelas pessoas que querem notícias e músicas.


A partir dessas informações pude escrever ao colega radialista, Mohamed El Kamel, cuja foto aparece acima. 

Disse a ele que a Rádio Cairo segue os princípios da Unesco, pois ajuda a difundir informação e cultura a todos os povos através das ondas curtas e pelas novas mídias, entre elas as redes sociais: Facebook e YouTube.

O Brasil é signatário da ONU e a data 13 de fevereiro faz parte também do nosso calendário de efemérides.

Para a nós o nome mais apropriado é: Dia Mundial do Rádio ou Dia Mundial da Radiodifusão. 

Portanto, nós radialistas do Brasil temos mais uma data a comemorar. Afinal, é sempre bom dar Vivas ao Rádio!


Foto acima apresenta a equipe de profissionais da Rádio Cairo.

Sintonize:

Rádio Cairo – Egito

Transmissões diárias para o Brasil:

22:15-23:30 - Horário de Brasília em 15.420 kHz – 31 metros

Via On Line:

https://www.radios.com.br/radio/cidade/cairo/19741

Página Facebook: Rádio Cairo Internacional

Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Mk666vE1r1s&feature=youtu.be