Os locais para o estacionamento de carros conduzidos por
pessoas portadoras de deficiências são diferentes das vagas destinadas aos
idosos por um simples motivo.
As Pessoas com Deficiência- PCDs, seja nos supermercados, shopping
centers, ou mesmo na rua, precisam de vagas mais espaçosas, porque os
cadeirantes ou os que usam muletas precisam abrir a porta toda para só depois sair do
carro.
Por isso, nas vagas das PCDs existe um espaço tracejado no
chão em branco ou amarelo, justamente para permitir que ali se abra a porta por
completo para essa pessoa poder sair do seu automóvel e depois ingressar nele de volta.
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Observem as linhas tracejadas que permitem as portas com mais facilidade |
Na vaga destinada aos idosos esse espaço adicional não é oferecido porque, embora idoso, este cidadão ou cidadã que ainda dirigi, possui naturalmente mais mobilidade na hora de deixar o veículo.
Ocorre que muitas vezes as PCDs que dirigem não conseguem uma
vaga para estacionar em um shopping, porque no lugar está parado um carro cujo cartão fornecido pela Companhia
de Engenharia de Tráfego – CET é de um idoso.
Esses cartões são diferentes uns dos outros. O das PCDs são
identificados pelo desenho do símbolo internacional igual a este da foto
abaixo.
No cartão destinado àqueles com mais de 60 anos aparece simplesmente
a palavra: Idoso.
Como também sou PCD quero contar o que já aconteceu comigo em
diversos shopping centers.
Ao estacionar meu carro em uma vaga para deficientes, vejo saindo do espaço ao lado uma pessoa idosa caminhando sem dificuldade e que poderia deixar seu carro na vaga que lhe cabe ou em qualquer outra.
Ao estacionar meu carro em uma vaga para deficientes, vejo saindo do espaço ao lado uma pessoa idosa caminhando sem dificuldade e que poderia deixar seu carro na vaga que lhe cabe ou em qualquer outra.
Se eu tentar abrir a porta do veículo para sair, ela irá
esbarrar no carro ao lado e impedir a minha saída. Fico então esperando sair
alguém para ocupar a vaga vazia e aí sim poder estacionar.
Em duas ocasiões conversei com condutores que alegaram estar no direito deles porque obtiveram o cartão para idosos da CET.
Tentei explicar que a vaga para eles é outra, mas não quiseram nem saber, fecharam seus carros e foram embora.
Compreendo que possa haver quem faça isso por completo desconhecimento, ignorância das leis, mas há também os espertinhos, os folgados, os nem aí.
Por isso encaminhei mensagem à Associação dos Lojistas de Shoppings – Alshop, à Associação Paulista dos Supermercados – Apas e à Companhia de Engenharia de Tráfego - CET, sugerindo que medidas informativas sejam implantadas para se evitar esse tipo de transtorno.
À CET pedi que quando esses cartões forem entregues, que se explique quais os procedimentos em situações como esta para que cada um pare na vaga que lhe cabe.
No verso desses cartões também estão anotadas algumas
orientações. Seria importante que todos lessem e conhecessem um pouco da
legislação.
Das três entidades que busquei contato, apenas a Associação
Paulista dos Supermercados – Apas retornou, explicando que as vagas criadas seguem
o que determina a legislação e placas informativas são colocadas nos locais de estacionamento informando a
quem pertence o espaço.
Argumentei que ainda assim o desrespeito é grande e a Apas ficou de encaminhar o assunto a seu departamento jurídico para um estudo do que pode ainda ser feito para orientar melhor os usuários.
Alguém consegue explicar por que os condutores idosos implicam em parar nas vagas destinadas às PCDs?
Nas ruas o problema diz respeito às motos que estacionam
nessas vagas e aí acabam sendo vítimas tantos as PCDs quanto os idosos.
Mas este assunto discutiremos mais na próxima postagem.
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