O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou que a estátua a Borba Gato será restaurada, com os custos pagos por um empresário de identidade não divulgada. (Foto: Felipe Rau/Estadão)
Atacada por vândalos no sábado, 24 de julho de 2021, a escultura que homenageia o bandeirante nascido em Santo Amaro, foi vítima de uma facção autodenominada Revolução Periférica.
Os integrantes da facção aparecem em um vídeo distribuído nas redes sociais, onde fazem uma ameaça com os dizeres: “A favela vai descer e não será carnaval”.
Para o historiador Luiz Eduardo Pesce Arruda, é preciso compreender o passado segundo os valores da época em que tudo aconteceu.
“Eram outras as nuances e as motivações dos nossos
antepassados no Brasil colônia de quatro séculos atrás”, diz Arruda.
Ele acrescenta: “Dissídios de opinião não se resolvem
pela violência, estamos em uma democracia que agora começa a descobrir e compreender
sua própria história.”
Outras avaliações sobre o estado do monumento serão realizadas por especialistas para avaliar o custo e o tempo de duração do restauro.
“Só não vou dizer aqui quem é que pagará a restauração
para não fazer propaganda da pessoa”, informou o prefeito paulistano.
O monumento foi inaugurado em 27 de janeiro de 1963, durante os festejos do IV Centenário de Santo Amaro.
Naquelas comemorações, houve desfile de pessoas
vestidas de bandeirantes e indígenas, com carros de boi e cavalarias.
Conheci e entrevistei o escultor Júlio Guerra cuja trajetória está em meu livro São Paulo de Todos os Tempos Vol. I.
Ele me contou na época que a estátua foi esculpida no quintal da casa dele, na Avenida João Dias.
Segundo ele “utilizar bronze em monumentos faz lembrar
cemitérios”.
O Borba Gato de Júlio Guerra tem 13 metros de altura e
pesa cerca de 20 toneladas
A obra foi colocada sobre um pedestal revestido de
granito rústico com 2 metros de altura.
Fotos da escultura foram feitas na casa de Júlio Guerra antes da instalação na Avenida Santo Amaro.
Safra 63. Nasceu 26 dias depois de mim. Que sobreviva! Até que democraticamente se discuta sobre sua conveniência nos tempos atuais. ET.: não vejo problema em divulgar o nome do mecenas.
ResponderExcluirHistória é história, não se apaga, mesmo que alguns queiram.
ResponderExcluirCada geração tem ferramentas e informações para reinterpretar a história, sem precisar com isso destruir pela violência leituras diversas.
ResponderExcluirQue bom que será restaurada. Pelo menos, manteremos a memória da nossa história. O passado serve-nos de aprendizado.
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