segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Alguém já ouviu falar em sinistro de trânsito? Mudança pode resultar na diminuição de ocorrências

O rodízio municipal veículos que restringe a circulação dentro do chamado centro-expandido voltou a vigorar na cidade de São Paulo nos moldes como ele sempre foi.

Nesta segunda-feira, 2 de agosto de 2021, deixaram de circular entre 7 e 10 da manhã e 5 da tarde e 8 da noite, os veículos com placas em final 1 e 2 e será assim por diante até sexta-feira.

Aquela restrição surgida durante a pandemia entre 11 da noite e 5 da madrugada terminou.


Com a volta da velha rotina os problemas decorrentes do trânsito que diminuíram com a pandemia, estarão de volta entre eles a sempre difícil convivência dos carros com as motos.

Por outro lado, o serviço de entregas delivery feito por motoboys e moto fretes aumentou significativamente e continua a ajudar muita gente. Isso deve ser também levado em consideração.

A utilidade desse tipo de serviço é inegável, mas ainda falta a conscientização desses motociclistas em relação ao respeito às leis do trânsito.

Tal situação coloca em risco a vida deles e de outras pessoas, especialmente os pedestres.

No ano passado perdi um amigo que morreu atropelado por uma moto quando caminhava distraído pela calçada.

A diminuição do movimento nas vias públicas, durante o período de restrição possibilitou ver inúmeras vezes motoboys avançarem os semáforos vermelhos e circularem na contramão.

A maioria que dirige assim - perigosamente - faz isso porque tem certeza da impunidade.

Você sabia que as motos só respondem por 5,5% de todas as multas aplicadas na capital pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET? Multados mesmo, só os donos de automóveis.


Devido à velocidade fica difícil para os fiscais anotar as placas das motos que cometem irregularidades, mas alguma medida precisa ser tomada.

Conversei com o engenheiro especializado em trânsito e transportes, Horácio Augusto Figueira, que sugere mudanças na legislação.


Para o engenheiro é necessário que as ocorrências passem a ser tratadas não mais como acidentes e sim como sinistros de trânsito.

Ele esclarece que nos termos da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, sinistro é algo que tem causa e precisa ser investigado.

O acidente, por sua vez, é tratado na legislação como algo imprevisto e o causador na maioria das vezes réu primário, acaba não sendo punido como deveria.


Conforme estatísticas levantadas por Horácio Figueira junto ao Infosiga, motociclistas estão envolvidos em 40% das mortes no trânsito paulistano e 30% dos atropelamentos são causados por motoboys que trafegam em velocidade acima do permitido.

Circulam na capital paulista, cerca de 1 milhão e 300 mil motos e, “se a fiscalização não for mais rígida os próprios motociclistas não irão se conscientizar sozinhos e podem morrer cada vez”, alerta o especialista.

De nossa parte recomendamos a todos: Tenha cuidado ao dirigir e fique vivo no trânsito, não cometendo abusos como este da foto abaixo, algo comum na periferia de São Paulo.



3 comentários:

  1. Eu sempre falei isso!
    É muito difícil autuar uma moto em movimento.
    A placa é pequena e não tem a placa dianteira.
    Os equipamentos eletrônicos que captam imagem pela frente são ignorados. Os que captam por trás têm as placas obstruídas pela mão do motociclista.
    Há anos fiz propostas ao Contran que surtiram pouco efeito.
    Falam (não tenho dados atuais) que quase metade das motos circulam sem licenciamento (e sem pagamento das multas.
    É a sensação ampla e total de impunidade. Adauto Martinez - Engenheiro de Tráfego e Transportes

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  2. O Detran de São Paulo informa o aumento de 13,5% no número de óbitos de motociclistas em todo o Estado. A comparação foi feita entre os meses de abril de 2020, com 133 mortes e junho deste ano com 151 vidas perdidas: Pavio Curto - Afanasio Jazadji

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  3. Entre todas as coisas que deveriam sofre uma ação forte do poder público - e não sofrem, a questão do abuso dos motociclistas é das principais. A todo instante nas ruas vemos uma manobra ilegal cometida por eles, algumas extremamente perigosas, verdadeiros crimes, como trafegar na contramão e andar sobre a calçada. Outro dia flagrei na av. Pres. Juscelino Kubitschek um motoboy seguir por três quarteirões pela calçada. Isso mesmo, seguiu atrevido por três quarteirões pela calçada da Juscelino! Aqui na minha rua França Pinto é comum ver entregador de comida descer a rua na contramão. Os delituosos, sendo em número tão grande, vão prejudicar a todos os motociclistas, mas é a vida: minha proposta é que TODOS os motociclistas passem por um curso de conscientização obrigatório, registrado na carteira de habilitação. Um curso de grande carga horária e conteúdo. Deve aumentar o número de blitz de verificação e se for pego dirigindo sem isso, moto apreendida no ato. O que não pode continuar acontecendo é essa barbárie no trânsito, estressando a todos, tirando vida de inocentes.

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