O Itaim Bibi comemora neste mês de outubro 89 anos de emancipação com um rosto renovado que a cada dia se modifica para melhor.
A extensão da Avenida Brigadeiro Faria Lima para os
lados do Itaim, durante a década de 1990, transformou o lugar em uma região
nobre, cujo preço de um bom apartamento residencial gira em torno dos R$ 2,5 milhões.
Registros da prefeitura apontam que o bairro surgido do loteamento de propriedades rurais do século 19, foi emancipado a distrito em
4 de outubro de 1934, conforme decreto-lei nº 6731.
Sua influência no cotidiano da cidade e até mesmo no país, hoje é enorme. Agora existe a “Turma da Faria Lima”, termo criado pela mídia para designar os participantes
do mercado financeiro que exercem influência nas decisões econômicas e trabalham
nos escritórios da região.
No mês de setembro, durante a 13ª edição da Virada Sustentável, três enormes ovos fritos foram colocados em frente a um dos prédios corporativos mais conhecidos, na Praça do Teatro B32, onde também está a baleia prateada.
Objetivo foi chamar a atenção do público sobre as
mudanças climáticas que podem transformar o planeta Terra em uma grande frigideira
aquecida, se nada for feito para se modificar essa situação.
Tal iniciativa demonstra a importância do Itaim Bibi em relação à cidade de São Paulo, também nesse aspecto de relevância.
Até agora o bairro cresceu sem que se modificasse a essência de algumas tradições, graças a um grupo de moradores voltado a preservar as memórias da região, uma vez que o povo que desconhece sua história, corre o risco de repetir os mesmos erros do passado.
Mário Lopomo, morou no Itaim dos anos 1950, em uma de
suas mensagens que dia desses encontrei em um pen drive ele contava:
“O Velho Itaim daqueles anos era quase
todo com ruas de terra, exceto a Rua Joaquim Floriano que era calçada com
paralelepípedos. Naquele tempo os nomes das ruas eram outros. A
Rua do Porto, onde eu morava, teve seu nome modificado para Leopoldo Couto
Magalhães, a Rua da Ponte passou a se chamar Clodomiro Amazonas, Rua Tapera
ficou sendo Rua Bandeira Paulista, a Rua Bibi, apelido do fundador do bairro,
teve seu nome mudado para Renato Paes de Barros. As Ruas Joaquim Floriano, Iaiá e Luiza Julia, permanecem com os mesmos nomes de quando surgiram...”
Helcias Bernardo de Pádua, biólogo e jornalista, preside
o Grupo de Memórias do Itaim Bibi e ainda mantém contato frequente comigo via
WhatsApp. Seu grupo se mobilizou pela salvação
da Casa Bandeirista do Itaim, agora um dos cartões postais da cidade.
Embora estivesse tombada pelo Patrimônio Histórico, desde 1982, a
casa erguida no século 18 ficou fechada anos a fio mesmo depois do tombamento e se cogitou sua demolição.
A salvação veio após pressões exercidas junto aos
órgãos públicos pelo grupo moradores coordenado por Helcias.
Um acordo da prefeitura com os empreendedores interessados
no terreno, resultou no vão livre surgido após a construção do edifício Pátio
Vitor Malzoni.
O projeto não só salvou como deu utilidade à Casa
Bandeirista do Itaim que se transformou em um espaço de cultura e lazer.
Hoje a casa é parte integrante de um local destinado
ao convívio da população a partir da união do antigo e o novo. Este é o resultado daquilo que defendemos: História e modernidade podem caminhar juntas
Outro episódio importante na história recente do Itaim Bibi, é o da preservação do “Quarteirão da Cultura” que abriga creche, escola municipal e biblioteca, além de teatro e posto de saúde.
Todos esses serviços estão instalados em um terreno da
prefeitura, cujo metro quadrado está avaliado em R$ 16,8 mil.
O “Quarteirão da Cultura” abrange as ruas Cojuba,
Horácio Lafer, Lopes Neto e Salvador Cardoso.
A atriz Eva Wilma que nos deixou em 2021, participou das manifestações que levaram o então prefeito Gilberto Kassab a desistir, em 2012, da venda do quadrilátero que se mantém preservado, mesmo tendo em sua volta as enormes torres da vizinhança.
Como se passaram mais de 10 anos e o bairro não para
de crescer, o mercado imobiliário voltou seus olhos novamente para o “Quarteirão
da Cultura”. Luzes de alerta acesas para o Grupo de Memórias do Itaim Bibi.
Helcias Bernardo de Pádua e demais moradores seguem atentos.
Morei numa vila deliciosa na Joao Cachoeira entre 1968 e 1971. A vila ficava entre a Alceu de Campos ( rua do Sao Luiz) e na primeira quadra da Joao, ao lado de uma mercearia
ResponderExcluirA JUSCELI
NO ERA DE TERRA e a cons
truçao mais i
mportante era o deposiro do Mappin
Na Clodomiro tinha até um club denominado Itaim Bibi......
ResponderExcluirHavia também o Cine Itaim.
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