Passado o réveillon um novo ano se inicia e uma das efemérides nos remete cem anos atrás para o mês de fevereiro, quando acontece a Semana de Arte Moderna de 1922, entre os dias 13, 15 e 17, antecedendo o carnaval.
O grande objetivo do encontro financiado pelo mecenas Paulo Prado, com o apoio de Graça Aranha, renomado escritor do Rio de Janeiro, foi dar impulso a um questionamento levantado a partir de 1917, sobre os rumos culturais e artísticos do Brasil daquela época.
No entender dos modernistas, ficava claro após as críticas de Monteiro Lobato a uma exposição da artista plástica Anita Malfatti, que o país havia parado no tempo em relação aos modos e costumes.
Diziam eles que a sociedade paulista se comportava igual aos europeus de 1850, inclusive no modo de vestir.
O ensejo das comemorações dos 100 anos da Proclamação da Independência, ajudou a levantar e aquecer as discussões sobre o tema.
A série de apresentações aconteceu no Teatro Municipal ocupando escadarias, saguão e o palco com uma agressividade entre público e
artistas jamais vista, na qual vaias e aplausos se misturaram.
Encerrada a Semana de Arte Moderna tudo pareceu seguir
como antes, mas as sementes foram lançadas e brotaram pouco a pouco pelo caminho tanto no teatro, quanto na literatura, música, cinema e até na mídia radiofônica.
O tropicalismo, surgido na década de 1960, embora apenas musical serve de exemplo para que possamos compreender o que foi o movimento modernista, a partir de 1922 para uma mudança de comportamento em relação às artes.
Nossa conclusão é que a Semana de 22 aglutinou os descontentes com a arte e fez surgir respostas trazidas por novos artistas.
Sera importante que acontecesse neste século 21, algo semelhante, uma nova Semana de Arte Moderna para de novo chacoalhar as mentes e definir reflexões musicais e artísticas de um modo geral.
Nosso país passa por uma crise de modernidade pós-modernismo, na qual ideais saudosistas de um passado retrógrado buscam impedir avanços que levem ao surgimento de uma sociedade mais esclarecida.
Precisamos de novos modernistas para iluminar corações e mentes que venham salvar o Brasil da ação dos reacionários pela via artística.
Concordo plenamente que em 2022 encontraremos saídas através da paz, do amor e do voto consciente.
ResponderExcluirGeraldo Nunes sempre uma ótima leitura.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho, Geraldo. Você é 10!!!!
ResponderExcluirE viva o eterno modernismo!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho incrível!👏🏻👏🏻
ResponderExcluirEncaremos a transição para um ano de verdade, 2023.
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