sexta-feira, 8 de maio de 2020

Por causa da pandemia governo paulista sugere nova data para o Dias das Mães: Você concorda?


O isolamento social ocasionado pela pandemia vai impedir o encontro de muitos filhos com suas mães.

Aquelas com mais idade estão no grupo de risco e nem pense em quebrar a quarentena.

Melhor ficar sem ver a mamãe mais alguns dias do que perdê-la de vez.

Só quem já perdeu a companhia de uma mãe consegue avaliar com exatidão o quanto ela é importante na vida das pessoas.

Buscando uma atenuante o governo paulista sugeriu ao comércio que a data comemorativa este ano, passe para o mês de agosto.

Os comerciantes não gostaram da ideia: a mudança coincide com o Dia dos Pais e existe o risco de nem todos terem como gastar com presentes para os dois de uma só vez.

De todo limão se pode extrair uma limonada.

Assim, o bom é pensar na possibilidade de se homenagear as mães duas vezes neste ano de 2020 que já se mostra tão difícil.

Será um motivo para festejar e afinal de contas, elas merecem.

A tecnologia permite ver e conversar com as mães pelo Skype ou Whatsapp, só a entrega do presentes será adiada
As mães dedicam todo seu amor aos filhos e fazem tudo para agradá-los

Sofrem com nossos sofrimentos e querem que estejamos sempre bem.

Das mães que se foram ficam as lembranças das homenagens que fizemos e das que deveríamos ter feito.

Silhueta de uma mãe e filho em um por do sol, nada mais singelo
Homenagens às mães acontecem desde os tempos mais antigos. 

Povos da Grécia faziam  comemoração à mãe dos deuses, Reia.

Na Idade Média os trabalhadores que moravam longe de suas famílias ganhavam um dia para visitar suas mães.

Reia, a mãe dos deuses
Os britânicos deram o nome “mothering sunday” para o Dia das Mães, comemorado no quarto domingo da Quaresma, geralmente faltando três semanas para o domingo de Páscoa, geralmente na segunda metade do mês de março ou no início de abril.

Os britânicos comemoram seu Dia das Mães em uma data diferente da nossa e não são apenas eles
Mãe não é só a que dá luz a um filho, mas também aquela que cria uma criança como se fosse dela própria, com amor, carinho e proteção.

O Dia das Mães aquece o comércio no mundo todo e em datas diferentes de acordo com os costumes de cada pais.

Na Noruega as saudações acontecem no segundo domingo de fevereiro e, na África do Sul e em Portugal, no primeiro domingo de maio.

Já na Suécia, o quarto domingo de maio é dedicado às mães e no México a data é fixa, dia 10 de maio.

Os tailandeses preferem o dia 12 de agosto, aniversário da rainha mãe, Mom Rajawongse Sirikit, nascida em 1932 para saudar todas as mães.


Ela é a segunda rainha regente da Tailândia e com o mais longo reinado

No Brasil, assim como nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Turquia e Itália, a data é comemorada no segundo domingo de maio.

Em nosso país o Dia das Mães surgiu por iniciativa da Associação Cristã de Moços - ACM, em maio de 1918. 

A data só foi oficializada em 1932 pelo então presidente Getúlio Vargas.

Nos tempos do jornal O Pasquim, cartoons sempre lembravam o dia das mães
Certa vez, fui ao lançamento de um livro do cartunista Henfil. 

Enquanto autografava, uma senhora se mantinha sentada ao lado dele. Perguntei quem era. Ele respondeu: “Dona Maria, minha mãe”.

Foi na época em que um dos filhos dela estava exilado, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.

Lembrei desse acontecimento esses dias em razão do falecimento do compositor Aldir Blanc que fez uma música o ela é citada.

“...Chora a minha pátria-mãe gentil, choram Marias e Clarices no solo do Brasil”...

Achei aquilo tudo tão lindo que resolvi fazer a mesma coisa quando lancei o meu livro São Paulo de Todos os Tempos.

O lançamento aconteceu na Casa das Rosas, na Avenida Paulista, para um público recorde. Quem foi pode constatar.

Coloquei a minha mãe, também chamada Maria, sentada à minha direita, na noite de autógrafos.

Muita gente ficou conversando com ela e eu observando o sorriso radiante dela por causa do carinho das pessoas em um momento sublime.
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Acredito ter retribuído pelo menos um pouco do tanto que ela fez pelo meu crescimento físico, social e moral.

Na infância e adolescência fiz travessuras que a desagradaram e na vida adulta tomei atitudes que certamente a entristeceram.

Como todo filho tanto causei orgulho a ela, nas formaturas, nas premiações, etc.

Busquei dentro do possível, colocá-la em destaque como na noite de entrega da Medalha Anchieta e Diploma da Gratidão da Cidade de São Paulo, na Câmara Municipal.

Houve depois a noite de autógrafos já citada e as fotos ali registradas não se perderam, mas guardadas em algum pen drive.

A Casa das Rosas guarda consigo o glamour dos antigos casarões da Avenida Paulista e requisitada para eventos culturais
 Nos momentos mais difíceis pelos quais passei na vida, nas inúmeras tardes de fisioterapia me recuperando das sequelas da poliomielite ou das tantas cirurgias que passei, lá estava ela me ajudando, chorando junto e rezando.

Ríamos também comentando as novelas da televisão, os programas infantis e de auditório. 

Deveria ter ficado mais perto dela depois que me senti menino crescido.

Nos dias que antecederam sua partida, eu tinha que trabalhar e quando cheguei ela já estava indo embora.

Certeza é que um pedaço da minha alma foi junto.

Por isso tenho certeza: Em nossos corações, todas as mães estarão sempre vivas.

Maria Aparecida: Mãe do Geraldo, Bernadete e Vicente



2 comentários:

  1. Amigo Geraldo Nunes: ieu e Sueli somos contra mudar a data do Dia das Mães. Ainda que seja só para a comemoração. Tanto que comemoramos neste domingo. Com pombas e circunstâncias.

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  2. Amigo Geraldo Nunes: ieu e Sueli somos contra mudar a data do Dia das Mães. Ainda que seja só para a comemoração. Tanto que comemoramos neste domingo. Com pombas e circunstâncias.

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