Gostaríamos de saber onde está dona Rosa
Corvino que nasceu nas dependência do Teatro Municipal de São Paulo, no dia 9 de julho 1926, no 5° andar, onde havia uma ala residencial.
Seu avô, Anielo
Corvino trabalhou nas obras de construção do prédio projetado por Ramos de Azevedo, tendo sido o responsável pelo assentamento dos pisos de mármore existentes no teatro.
Depois do prédio pronto, Anielo continuou funcionário se tornando uma espécie de zelador, atividade que deixou depois para o
filho Salvador Corvino, pai de dona Rosa que acreditamos esteja viva, apesar dos
seus 93 anos completados agora em 2019.
Rosa Corvino tentou lançar seu livro dentro do Teatro Municipal, mas sem autorização fez o lançamento nas escadarias |
A inauguração do Teatro Municipal
aconteceu em 12 de setembro de 1911, uma data histórica também pelo fato de nesse
dia, ter sido verificado o primeiro congestionamento de trânsito que se tem
notícia na cidade.
Da frota de 300 carros licenciada naquele
ano, cerca de 100 seguiram na direção do teatro naquela noite que teve como espetáculo inaugural a ópera Hamlet, cujo texto é de Willian Shakespeare.
A filha de Salvador Corvino, nasceu nas
dependências do prédio do teatro, 15 anos depois da inauguração.
O Teatro Municipal de São Paulo segue belo e conservado tendo grandes edifícios ao seu redor |
"Naquele tempo havia o costume das crianças
nascerem em casa, sob a assistência de uma parteira e foi assim também comigo", explicou para nós dona Rosa
Corvino.
Ela nos disse também em 2008, durante entrevista para a Rádio Eldorado que postamos no Spotify (veja o link abaixo) que
antes dela, duas tias também nasceram na mesma ala residencial.
Houve ainda dois falecimentos na família
e as pessoas foram veladas ali no mesmo setor. Hoje, no 5° andar funciona a
parte administrativa dessa casa de nobres espetáculos.
Dessas reminiscências só ficou Rosa
Corvino para contar as histórias. Ela morou por lá até os 24 anos de idade, quando
então sua família se mudou para uma casa térrea no bairro da Vila Mariana.
A ala residencial foi desfeita durante uma
grande reforma pela qual passou o Municipal, em 1952.
Rosa Corvino cresceu nos bastidores ouvindo
óperas e sinfonias. Pela constante presença nesse ambiente, decidiu seguir
carreira musical, se tornando pianista e mais tarde professora de música.
Em 2003 se ofereceu à prefeitura para ser monitora voluntária do teatro,
uma espécie de guia turística para os visitantes do local, função que exerceu por algum tempo, mas acabou afastada da função por razões burocráticas.
No ano de 2008 lançou o livro Vida, Amor e Lembrança, onde ela conta
suas lembranças. “Nos dias em que não havia espetáculos, brincávamos de
bailarina no palco, eu e minhas amiguinhas de infância, usando as sapatilhas
gastas que as bailarinas de verdade deixavam no camarim.”
Este é o palco do Teatro Municipal visto do alto em uma das frisas. Nele, Rosa Corvinho brincava de bailarina |
O convívio junto ao meio cultural a levou conhecer artistas como
o maestro Heitor Villa-Lobos que certa vez ao vê-la estudando piano, fez
elogios à sua performance e a corrigiu em alguns defeitos.
Sobre o escritor Mário de Andrade contou que ele era muito sério. “O
conheci na fase em que foi secretário da Cultura e nunca vi sequer um sorriso nele, já
Ciccillo Matarazzo era a figura mais simpática entre os notáveis frequentadores
daquele teatro”.
Aluna do Externato São José, ninguém acreditava nela quando passava seu
endereço residencial. Praça Ramos de Azevedo s/n°.
Para dirimir dúvidas muitas vezes levou professoras e colegas de classe para
assistir espetáculos que só a alta sociedade conseguia pagar para ver.
Entrevistamos Rosa Corvino em 2008 quando ela estava prestes a lançar
seu livro. De lá para cá não tivemos mais notícias dela.
Quem quiser ouvir o programa deve copiar e colar o link da
entrevista gravada com Rosa Corvino:
Acreditamos que dona Rosa esteja viva. Quando as pessoas morrem, correm
para avisar.
Na ocasião da entrevista de 2008, fora dos microfones, ela nos disse que residia na
Rua Avanhandava, São Paulo.
Acreditamos que esteja bem, rodeada de pessoas.
Quem tiver
notícias favor informar.
Muito interessante!
ResponderExcluirEsta cidade tem muitas histórias intrigantes.
ResponderExcluirO que souberam dela?
ResponderExcluirBoa tarde sou casada com o sobrinho dela a Rosa em 2014 teve alzheimer e uma pneumonia e veio a falecer em 11/11/2015 aos
ResponderExcluirCom 87 anos o livro foi lançado em 2012 se alguém tiver 9nteresse ainda temos o livro
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