Estou admirado com a
repercussão da postagem que fiz sobre a entrega de um
monumento em homenagem a José Bonifácio, o patriarca da independência, na sede
do CPOR em São Paulo.
Mais de mil acessos e centenas de elogios e discordâncias, claro. Obrigado!
No dia 7 de setembro aconteceu uma manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista à qual chamei de balbúrdia e isso bastou para que viesse uma
enxurrada de pessoas indignadas.
“Onde já se viu dizer que houve balbúrdia
naquele dia em São Paulo”!
Democrática é que não foi aquela movimentação, porque a maioria dos manifestantes veio com faixas pedindo intervenção
militar, prisão de ministros do STF e outras propostas subversivas à atual constituição.
Ao consultar o Google lá está: Balbúrdia, substantivo feminino igual a desordem barulhenta, vozerio, algazarra, situação confusa, trapalhada, complicação, tumulto.
Embora não tenha comparecido, considero que houve de tudo um pouco, porque os participantes se mostravam dispostos a fazer tudo que o capitão mandasse, inclusive tumulto.
No dia seguinte, diante das pressões, o próprio capitão foi quem preferiu entrar em “efeito soneca”, conforme a linguagem do Facebook, e deixou sua turma falando sozinha. Tem mais uma coisa: Não sou filiado a nenhum partido e não tenho político de estimação.
Escrevo como jornalista que acompanhou os trabalhos da assembleia constituinte de 1987 e considero a atual constituição, cidadã e democrática.
Após este adendo, darei início ao assunto da postagem de hoje, cuja finalidade é chamar a atenção para o significado e a importância de uma outra palavra: LEGADO.
Quem procurar no dicionário da língua portuguesa encontrará várias explicações para esta palavra, mas para a mídia, legado representa; “a experiência que fica para as gerações seguintes”.
Assim as Paralimpíadas 2021, encerradas em 5 de setembro, dois dias antes da turba, deixaram
para o Brasil um legado positivo.
Houve a conquista de 72
medalhas: 22 ouros, 20 pratas, 30
bronzes e a TV aberta transmitiu quase tudo ao vivo para todo o país.
O nadador Daniel Dias,
nosso principal paratleta, assim como os demais, honrou dignamente as cores verde e amarela.
Daniel Dias foi também o nosso porta-bandeira na cerimônia de encerramento e logo depois foi anunciado que ele fará parte do Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Internacional - IPC até a Paralimpíada de Paris, em 2024.
Outro legado está no fato de nossos paratletas não estarem mais sendo tratados como exemplos de superação e sim ídolos do esporte.
A experiência que fica para as futuras gerações das Paralimpíadas 2021, é que valeu a pena abrir espaços para a formação de novos atletas e paratletas para tornar o Brasil mais competitivo em todos os esportes.
Em relação às manifestações do último 7 de setembro, ninguém se lembrará delas no futuro, porque o destino dos que depõem contra a democracia, é mesmo o da lata de lixo da história.
País independente é aquele que trata com respeito todos os seus cidadãos!
Verdadeiros patriotas são os nossos atletas e paratletas olímpicos.
Parafraseando Nelson Rodrigues: “toda balbúrdia será castigada”.
ResponderExcluirA balbúrdia bolsonarista do 7 de setembro ofuscou o brilho da conquista dos verdadeiros patriotas, no caso, os paratletas olímpicos".
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