terça-feira, 7 de setembro de 2021

7 de setembro: “Não precisa explicar, eu só queria entender”

Em 1976 a Rede Globo levou ao ar um programa de humor que fazia sátiras do cotidiano, cujo nome era “O Planeta dos Homens”.

O título surgiu inspirado na série “O Planeta dos Macacos” e o personagem principal era o macaco Sócrates, interpretado pelo comediante Orival Pessini.


A criação das situações engraçadas cabia aos humoristas Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e outros. No final, a conclusão era sempre a mesma: “O macaco tá certo!”

O contraponto se dava pelo fato dos seres humanos tomarem certas decisões difíceis de serem compreendidas.

Neste 7 de setembro de 2021 aconteceu uma contradição. 

Por acaso o país está sendo ameaçado por alguma potência estrangeira ou vive uma insurreição política incontrolável? 

A resposta é não! Mas a imaginação humana é fértil.


A data 7 de setembro é importante demais para ser violentada como foi.

Em vez de celebrar a independência do Brasil, pessoas foram à Avenida Paulista pedir intervenção militar, volta do AI-5 e outras sandices.

Em vez de liberdade pediram a prisão arbitrária de ministros da Suprema Corte. 

A maioria que foi à Paulista, ao que me parece, sequer imagina o que pode representar para o país no mundo globalizado de hoje onde o livre comércio e a liberdade de relações predominam, ações antidemocráticas.

Criticam Cuba e a Venezuela, mas pedem uma ditadura aqui também. 

Se isso acontecer, todas as nações democráticas irão virar as costas para nós.

Em seu discurso o presidente anunciou que irá convocar o Conselho da República. Irá alegar o quê?

Desse conselho fazem parte o vice-presidente, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado e representantes da sociedade civil.

Em 2018, o órgão se reuniu para discutir a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.

Após consulta e se aprovado, o presidente pode decretar “estado de defesa” em nome da ordem pública ou da paz social, caso o país esteja ameaçado por grave ou iminente instabilidade institucional.

Não vivemos tal situação, o que existe é uma desavença do presidente com os ministros do Supremo Tribunal Federal.

A decretação de “estado de defesa” precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 24 horas e por maioria absoluta.

Decretação de “estado de sítio” também depende da autorização dos parlamentares nos seguintes casos:

Comoção grave de repercussão nacional ou declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Nada disso ocorre, por isso a sociedade civil séria precisa ficar atenta em relação a essas insanidades mentais. 

Se o macaco Sócrates fosse consultado, seria provável da parte dele a seguinte resposta: “Não precisa explicar, eu só queria entender”.

Dom Pedro I, ao ser coroado imperador recebeu o título de “Defensor perpétuo do Brasil”

Esteja ele onde estiver, deve estar preocupado com o futuro da nação entregue a um desvairado e seus apoiadores amestrados.


Somente para recordar, um outro programa de humor da Rede Globo levou o nome: “Faça humor não faça guerra”.

O Brasil precisa refletir urgentemente seu futuro, com mais amor e menos guerra!

          Lelé e Da Cuca, personagens de Renato Corte Real e Jô Soares


9 comentários:

  1. Respostas
    1. Escrevo sobre coisas que os mais jovens que eu não conheceram e procuro sempre ser didático.

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  2. muito bom seu texto cheguei a conclusão que o país tem que ser mais rígido com essa menuria de insano que so inflama a violência mau sabe eles que caso voltace uma ditadura eles estavam protegido desse louco que se ser presidente da nossa nação

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  3. Teremos paz quando essa guerra patrocinada acabar... Tenhamos paciência, acho que será só em 2023...

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  4. Texto sempre cirúrgico, com o excelente resgate da memória que só o mestre Geraldo Nunes sabe preservar e valorizar como ninguém! (Douglas Matos)

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  5. Prefiro, neste momento, me abster de opinar.

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