sábado, 24 de agosto de 2019

A crise internacional que envolve a Amazônia: Conheça a trajetória de uma discussão que não termina



Como o assunto do momento é a crise internacional envolvendo a questão da Amazônia, me sinto na obrigação, pelo fato de estar levando a público meu novo blog tecer algumas considerações onde procurarei ser o mais isento possível, mas com opinião. Abaixo dessa página, há um espaço para comentários e se acharem necessário, se manifestem de maneira respeitosa para com este interlocutor.

O mundo é assim, não existe em nenhum país governante amigo do outro governante, existem sim interesses entre as nações e a princípio me parece que o se desvia do interesse principal que é exportar mais para sair da crise financeira e bem no momento em que se concretiza um acordo do Mercosul com a União Europeia surge essa polêmica em torno de um desmatamento acima do normal e as queimadas sem controle na região amazônica.

Denúncias do tipo vinham acontecendo desde o início deste ano, deixando mesmo a impressão de um viés político envolvendo tantas denúncias. Houve tempo também para monitoramento mais intenso, inclusive com os recursos existentes do Sistema Sivam, mas ao que parece o presidente Jair Bolsonaro entendeu que fosse apenas uma tentativa de seus adversários para desestabilizá-lo.

O Fundo Amazônia, assinado em 2010, era composto de recursos financeiros vindos do exterior com a finalidade de colaborar nas ações de prevenção, monitoramento, conservação e combate ao desmatamento na floresta, sendo a maior parte dos recursos vindos dos governos da Alemanha e da Noruega, com valores na casa dos 155 milhões de reais.

Ocorre que, recentemente, o ministro do Meio Qmbiente, Ricardo Salles, apontou irregularidades na gestão do fundo, mas não explicou com detalhes o que vinha acontecendo. Governantes desses dois países protestaram, afirmando que auditorias não haviam encontrado nada de irregular e que os desmatamentos estavam sim, aumentado muito.

O presidente brasileiro, por sua vez, insistiu que esses monitoramentos eram falsos, mas de novo não mostrou qualquer relatório que provasse suas palavras. Alemães e noruegueses decidiram então suspender a entrega de recursos. Em contrapartida, as redes sociais brasileiras, que apoiam Bolsonaro, passaram a divulgar na internet algumas práticas condenáveis da Noruega, como a caça às baleias e os desmatamentos na Alemanha, ao longo do século 20, embora em resposta se tenha mostrado um vídeo institucional dos alemães, informando sobre o amplo processo de reflorestamento implantado e que hoje a nação germânica tem sido uma das que mais atua na preservação do meio ambiente.

A crise se agravou quando o presidente da França, Emmanuel Macron decidiu interferir, porque na Europa a questão ambiental tem sido levada muito a sério levado por causa do efeito estufa, muito mais sentido por eles do que por nós. Os europeus entendem que a Amazônia é uma das poucas matas naturais sobreviventes e merecedora de todos os esforços pela sua preservação.

Manifestações de protesto por parte de ambientalistas contra o Brasil, aconteceram em frente à embaixada brasileira em Paris e Macron, também pressionado pelo agronegócio francês ressabiado pelo acordo com Mercosul, abriu críticas contra a postura do nosso país. Na abertura do G-7 pediu mobilização das nações desenvolvidas contra o desmatamento amazônico, propondo reuniões conjuntas com os países envolvidos, entre eles o Brasil.

Um dia antes, o presidente Bolsonaro, em rede nacional de televisão, anunciou o empenho das forças armadas no combate aos incêndios e segue no estilo de deixar a impressão que gosta de uma briga. Algo me diz que também é essa uma forma de aproximação com os Estados Unidos para quem sabe uma parceria prevendo a utilização dos recursos naturais da floresta pelos norte-americanos para mais investimentos no Brasil sem se abrir da soberania. Pode ser apenas fruto da imaginação, pois não entendo a razão para Bolsonaro alimentar tanta discussão. O que o Brasil tem a ganhar ou a perder com tudo isso? Bem, o futuro a Deus pertence.

Mapa da Região Amazônica


Um comentário:

  1. Caro Geraldo. Há cerca de 7 anos vi no Quebec, um ivro de geografia do curso secundário que mostrava o Brasil com o território da amazônia reduzido, mais ou menos como sua ilustração. Será que estamos perdendo a soberania sobre a Amazônia?

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