Como o assunto do momento é a crise internacional
envolvendo a questão da Amazônia, me sinto na obrigação, pelo fato de estar
levando a público meu novo blog tecer algumas considerações onde procurarei ser
o mais isento possível, mas com opinião. Abaixo dessa página, há um espaço para
comentários e se acharem necessário, se manifestem de maneira respeitosa para
com este interlocutor.
O mundo é assim, não existe em nenhum país governante amigo
do outro governante, existem sim interesses entre as nações e a princípio me
parece que o se desvia do interesse principal que é exportar mais para sair da
crise financeira e bem no momento em que se concretiza um acordo do Mercosul
com a União Europeia surge essa polêmica em torno de um desmatamento acima do
normal e as queimadas sem controle na região amazônica.
Denúncias do tipo vinham acontecendo desde o início
deste ano, deixando mesmo a impressão de um viés político envolvendo tantas
denúncias. Houve tempo também para monitoramento mais intenso, inclusive com os
recursos existentes do Sistema Sivam, mas ao que parece o presidente Jair
Bolsonaro entendeu que fosse apenas uma tentativa de seus adversários para desestabilizá-lo.
O Fundo Amazônia, assinado em 2010, era composto de
recursos financeiros vindos do exterior com a finalidade de colaborar nas ações
de prevenção, monitoramento, conservação e combate ao desmatamento na floresta,
sendo a maior parte dos recursos vindos dos governos da Alemanha e da Noruega, com
valores na casa dos 155 milhões de reais.
Ocorre que, recentemente, o ministro do Meio Qmbiente,
Ricardo Salles, apontou irregularidades na gestão do fundo, mas não explicou com
detalhes o que vinha acontecendo. Governantes desses dois países protestaram, afirmando
que auditorias não haviam encontrado nada de irregular e que os desmatamentos estavam
sim, aumentado muito.
O presidente brasileiro, por sua vez, insistiu que
esses monitoramentos eram falsos, mas de novo não mostrou qualquer relatório
que provasse suas palavras. Alemães e noruegueses decidiram então suspender a
entrega de recursos. Em contrapartida, as redes sociais brasileiras, que apoiam
Bolsonaro, passaram a divulgar na internet algumas práticas condenáveis da
Noruega, como a caça às baleias e os desmatamentos na Alemanha, ao longo do
século 20, embora em resposta se tenha mostrado um vídeo institucional dos
alemães, informando sobre o amplo processo de reflorestamento implantado e que hoje a
nação germânica tem sido uma das que mais atua na preservação do meio ambiente.
A crise se agravou quando o presidente da França,
Emmanuel Macron decidiu interferir, porque na Europa a questão ambiental tem
sido levada muito a sério levado por causa do efeito estufa, muito mais sentido
por eles do que por nós. Os europeus entendem que a Amazônia é uma das poucas
matas naturais sobreviventes e merecedora de todos os esforços pela sua
preservação.
Manifestações de protesto por parte de ambientalistas contra o Brasil, aconteceram
em frente à embaixada brasileira em Paris e Macron, também pressionado pelo
agronegócio francês ressabiado pelo acordo com Mercosul, abriu críticas contra a postura do nosso país. Na abertura do G-7 pediu mobilização das nações desenvolvidas contra o
desmatamento amazônico, propondo reuniões conjuntas com os países envolvidos, entre eles o Brasil.
Um dia antes, o presidente Bolsonaro, em rede nacional
de televisão, anunciou o empenho das forças armadas no combate aos incêndios e
segue no estilo de deixar a impressão que gosta de uma briga. Algo me diz que também é essa uma forma de aproximação com os Estados Unidos para quem sabe uma parceria prevendo a utilização dos recursos naturais da floresta pelos norte-americanos para mais investimentos no Brasil sem se abrir da soberania. Pode ser apenas fruto da imaginação, pois não entendo a razão para Bolsonaro alimentar tanta discussão. O que o Brasil tem a ganhar ou a perder com tudo isso? Bem, o futuro a Deus pertence.
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Mapa da Região Amazônica |
Caro Geraldo. Há cerca de 7 anos vi no Quebec, um ivro de geografia do curso secundário que mostrava o Brasil com o território da amazônia reduzido, mais ou menos como sua ilustração. Será que estamos perdendo a soberania sobre a Amazônia?
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