terça-feira, 15 de agosto de 2023

D. João IV: O Rei de Portugal condenado à morte depois de morto

Portugal foi fundado há 880 anos em 1143, sua história é longa e repleta de fatos tão interessantes que daria para fazer uma série dessas que se leva ao ar pela Netflix.

Me chamou atenção, ao pesquisar para a postagem anterior, quando escrevi sobre a aclamação em São Paulo de Amador Bueno da Ribeira, que o rei Dom João IV elevado ao trono de Portugal também por aclamação, após morrer, foi condenado ao fogo do inferno pela Igreja. 


Portugal esteve sob domínio da Espanha durante 60 anos, entre 1580 e 1640. O rei Dom João só assumiu o poder porque um grupo formado por portugueses, tomou posse da capital Lisboa e implantou um governo paralelo, sob alegação que havia surgido um herdeiro nascido na dinastia da Casa de Bragança.

Claro que a Espanha não concordou em devolver o trono e, em meio às discussões acaloradas, França e Inglaterra intermediaram negociações para a devolução da autonomia a Portugal, mas a Santa Sé manteve-se irredutível e permaneceu ao lado dos espanhóis.

Essa decisão dificultou a transição, houve revoltas e por pouco Dom João não foi assassinado por conspiradores.

O rei Dom João IV cujo cognome passou a ser “O Restaurador”, governou Portugal durante 16 anos até sua morte aos 52, no dia 6 de novembro de 1656.

Dores de ilharga, mais especificamente uma doença renal, causaram sua morte e o sucessor Dom Afonso, era ainda menor de idade, mas sua mãe Dona Luísa, rainha e esposa do rei assumiu na condição de regente.

Fato inusitado foi o que aconteceu na hora do enterro de Dom João IV. No momento de se fechar caixão, a cerimônia de despedida foi interrompida por  delegados da Inquisição que impediram a saída do féretro.


Retiraram o morto do caixão e despiram de seu corpo, o manto da Ordem de Cristo.

Em seguida o inquisidor-mor fez a leitura de um documento que excomungava o rei e o declarava inimigo da Igreja.

Se estivesse vivo, Dom João IV teria sido condenado à morte em uma fogueira, como não era mais possível queimá-lo, o condenaram ao fogo eterno e foi considerado indigno de levar consigo as vestes religiosas.

O acontecimento foi visto como vingança por parte de Igreja, porque Dom João desobedeceu o papa que desejava manter Portugal subjugado à Espanha.

Essa é só uma das histórias interessantes acontecidas na monarquia portuguesa que durou mais de 700 anos. Se quiserem outras, deixem seus comentários aqui mesmo no blog. Por enquanto é isso, até mais!

Acesse nossa postagem anterior na qual Dom João IV é citado:


Blog do Geraldo Nunes: Amador Bueno da Ribeira: o “Rei de São Paulo” precisou se esconder no Mosteiro de São Bento


Fontes: Portais NCultura /Reis de Portugal/Monarquia Portuguesa/Quarta Dinastia/ Embaixada de Portugal no Brasil


3 comentários:

  1. Desconhecia este fato. Interessante informação.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada por essa postagem tão interessante. Aprendi muito com você, amigo. E me tornei fã de D. João IV ! beijo de bom domingo !

    ResponderExcluir
  3. Por nossa educação e formação, manda mais!

    ResponderExcluir