quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Conheça todas as lendas e verdades sobre Jesus e o Natal

Existe fato mais inusitado que um menino nascer em uma estrebaria, entre animais e ser no dia seguinte visitado por pastores e depois presenteado por reis magos vindos de um lugar distante do oriente?

As histórias que envolvem o nascimento de Jesus Cristo e o Dia de Natal são cheias de curiosidades e de muita fé.

Em Lucas capítulo 2 versículos 13 a 18 está escrito que na primeira noite de natal; “... anjos cantavam louvores... Glória a Deus no mais alto dos céus...”

Quando chega o Natal todos costumam ficar mais solidários, até mesmo os ateus recebem e oferecem presentes.

A festa do Natal ainda é abrangente e calorosa, apesar de todo o stress que a data envolve, como as correrias atrás das compras e a ostentação exagerada e até anticristã de alguns.

A origem das comemorações remonta os tempos do rei romano Constantino, aquele que abraçou o cristianismo.

Foi ele quem escolheu o 25 de dezembro para se comemorar o nascimento de Jesus para assim substituir uma festa pagã que se fazia ao deus Mitra, que anunciava o surgimento do sol em pleno inverno.

O Natal dos cristãos, entretanto, só foi introduzido no calendário da Igreja Católica no quarto século pelo papa Julio I, cujo pontificado durou 15 anos, entre 337 e 352 d.C.

Ao redigir seu evangelho, São Lucas, além de escritor e médico, era também bom repórter. Apenas ele entrevistou a Virgem Maria, mãe de Jesus, tamanha a quantidade de informações relativas ao nascimento de Cristo que somente ela poderia ter contado.

Nas vésperas do nascimento, Maria e José viajaram de Nazaré, onde moravam, até Belém para responder a um recenseamento.

Como a cidade estava repleta de visitantes, não encontraram lugar em nenhuma estalagem para passar a noite.

Tiveram então que se recolher em um estábulo, entre bois e cabras, sendo que ali mesmo a criança nasceu.

Depois, explica o evangelista que“o menino foi enrolado em panos e deitado sobre as palhas de uma manjedoura”.

Interessante também, é que mesmo antes dele nascer já se falava de sua chegada, a ponto dos reis magos, Baltazar, Melchior e Gaspar se dirigirem a Belém para entregar seus presentes, guiados por uma estrela.

Quem disse a eles que ali nasceria o messias, tão citado no velho testamento? Ninguém sabe, embora naquele tempo magos fossem pessoas consideradas capazes de adivinhar acontecimentos futuros ou ainda fazer previsões.

Mas existem outros mistérios que envolvem o nascimento de Cristo, daí o surgimento de tantas lendas e tradições, alguma delas contidas nos evangelhos considerados apócrifos sobre os quais um dia, ainda escreverei a respeito.

Com a difusão do cristianismo e a implantação do catolicismo por Constantino, a tradição do Natal espalhou-se pela Europa.

Diziam os antigos que um pinheiro colocado dentro de casa, por ocasião das festas, propiciaria fartura para o ano todo.

Outra lenda é que a primeira árvore de Natal foi montada na Alemanha e que o costume surgiu na Baviera.

O hábito da troca de presentes veio mesmo por influência dos reis magos que deram a Jesus poções de ouro, incenso e mirra.

“O ouro evidencia a presença de um rei entre nós; o incenso é usado no sacrifício a Deus; e a mirra, por fim, servirá para embalsamar o corpo do Senhor morto”, explicou certa vez o papa Bento XVI em uma de suas homilias, durante o ano 2010.

A figura do Papai Noel nada mais tem a ver com a religiosidade, ele serve agora de símbolo para o comércio promover suas vendas  sem confrontar aspectos político-religiosos.

Verdade também é que ele surgiu inspirado na figura de um santo católico, chamado Nicolau, muito caridoso, que após a morte passou a ser lembrado pelos presentes que distribuía aos pobres.

Entretanto, Nicolau nunca vestiu roupas vermelhas e nem morou na Lapônia; isto foi inventado pela publicidade norte-americana ao longo da história.

Nos Estados Unidos, ele é chamado de Santa Claus; na Inglaterra, Father Christmas e em Portugal, Papai Natal.

As crianças chinesas não recebem presentes no Natal, mas durante as celebrações do ano novo chinês, que acontece em janeiro, mas elas conhecem o Papai Noel pelo nome Dunche Lao Ren.


As renas do Papai Noel possuem nomes: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitzen. Decorou? A Lapônia existe e fica no norte da Finlândia, onde faz um frio danado.

O presépio que representa o nascimento de Jesus, em pequenas estátuas, foi imaginado por São Francisco de Assis, em 1223, classificado por historiadores como uma das figuras mais influentes do primeiro milênio.

As velas significam a boa vontade das pessoas em iluminar a noite de Natal, pois no passado, quando ainda não haviam descoberto a eletricidade, as velas eram colocadas sobre candeeiros nas janelas das casas.

Os cartões de Natal são mais recentes, surgiram em 1843 na Inglaterra, sob inspiração John Horsley que o ofereceu a um amigo, Henry Cole.

Este gostou tanto, que sugeriu fazer cartas rápidas para que todos se felicitassem mutuamente em todo final de ano.

Desde a sua origem até os dias atuais, o Natal segue carregado de magia. Os ritos e canções vieram por sugestão da Igreja, como forma de teatralizar o nascimento de Cristo e assim evangelizar.

As cenas foram ganhando modificações ao longo dos séculos sem perder o sentido da confraternização.

E assim, deste modo, chegamos ao que temos hoje.

Como disse certa vez um poeta,“é melhor ser alegre que ser triste.

Sendo assim, faço votos de um Feliz Natal a todos e todas!

Ah! Não se esqueçam de cumprimentar o aniversariante!


Pesquisa: Valéria Rambaldi

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