Existe fato mais inusitado que um menino nascer em uma estrebaria, entre animais e ser no dia seguinte visitado por pastores e depois presenteado por reis magos vindos de um lugar distante do oriente?
As histórias que envolvem
o nascimento de Jesus Cristo e o Dia de Natal são cheias de curiosidades e de
muita fé.
Em Lucas capítulo 2
versículos 13 a 18 está escrito que na primeira noite de natal; “... anjos cantavam louvores... Glória a
Deus no mais alto dos céus...”
Quando chega o Natal todos costumam ficar mais solidários, até mesmo os ateus recebem e oferecem presentes.
A festa do Natal ainda é abrangente
e calorosa, apesar de todo o stress que a data envolve, como as correrias atrás das
compras e a ostentação exagerada e até anticristã de alguns.
A origem das comemorações
remonta os tempos do rei romano Constantino, aquele que abraçou o cristianismo.
Foi ele quem escolheu o 25
de dezembro para se comemorar o nascimento de Jesus para assim substituir uma
festa pagã que se fazia ao deus Mitra, que anunciava o surgimento do sol em pleno inverno.
O Natal dos cristãos,
entretanto, só foi introduzido no calendário da Igreja Católica no quarto
século pelo papa Julio I, cujo pontificado durou 15 anos, entre 337 e 352 d.C.
Ao redigir seu evangelho, São Lucas, além de escritor e médico, era também bom repórter. Apenas ele entrevistou a Virgem Maria, mãe de
Jesus, tamanha a quantidade de informações relativas ao nascimento de Cristo que somente ela poderia ter contado.
Nas vésperas do nascimento, Maria e José viajaram de Nazaré, onde moravam, até Belém para responder a um recenseamento.
Como a cidade estava
repleta de visitantes, não encontraram lugar em nenhuma estalagem para passar a
noite.
Tiveram então que se
recolher em um estábulo, entre bois e cabras, sendo que ali mesmo a criança
nasceu.
Depois, explica o
evangelista que“o menino foi enrolado em panos e deitado sobre as palhas de
uma manjedoura”.
Interessante também, é
que mesmo antes dele nascer já se falava de sua chegada, a ponto dos reis magos, Baltazar, Melchior e Gaspar se
dirigirem a Belém para entregar seus presentes, guiados por uma estrela.
Quem disse a eles que ali
nasceria o messias, tão citado no velho testamento? Ninguém sabe, embora naquele
tempo magos fossem pessoas consideradas capazes de adivinhar acontecimentos futuros
ou ainda fazer previsões.
Mas existem outros
mistérios que envolvem o nascimento de Cristo, daí o surgimento de tantas
lendas e tradições, alguma delas contidas nos evangelhos considerados
apócrifos sobre os quais um dia, ainda escreverei a respeito.
Com a difusão do cristianismo e a implantação do catolicismo por Constantino, a tradição do Natal espalhou-se pela Europa.
Diziam os antigos que um
pinheiro colocado dentro de casa, por ocasião das festas, propiciaria fartura
para o ano todo.
Outra lenda é que a primeira
árvore de Natal foi montada na Alemanha e que o costume surgiu na Baviera.
O hábito da troca de
presentes veio mesmo por influência dos reis magos que deram a Jesus poções de ouro,
incenso e mirra.
“O ouro evidencia a
presença de um rei entre nós; o incenso é usado no sacrifício a Deus; e a
mirra, por fim, servirá para embalsamar o corpo do Senhor morto”, explicou certa vez
o papa Bento XVI em uma de suas homilias, durante o ano 2010.
A figura do Papai Noel nada mais tem a ver com a religiosidade, ele serve agora de símbolo para o comércio promover suas vendas sem confrontar aspectos político-religiosos.
Verdade também é que ele
surgiu inspirado na figura de um santo católico, chamado Nicolau, muito caridoso,
que após a morte passou a ser lembrado pelos presentes que distribuía aos
pobres.
Entretanto, Nicolau nunca
vestiu roupas vermelhas e nem morou na Lapônia; isto foi inventado pela
publicidade norte-americana ao longo da história.
Nos Estados Unidos, ele é
chamado de Santa Claus; na
Inglaterra, Father Christmas e em
Portugal, Papai Natal.
As crianças chinesas não
recebem presentes no Natal, mas durante as celebrações do ano novo chinês, que
acontece em janeiro, mas elas conhecem o Papai
Noel pelo nome Dunche Lao Ren.
O presépio que representa
o nascimento de Jesus, em pequenas estátuas, foi imaginado por São Francisco de
Assis, em 1223, classificado por historiadores como uma das figuras mais influentes do primeiro milênio.
As velas significam a boa
vontade das pessoas em iluminar a noite de Natal, pois no passado, quando ainda
não haviam descoberto a eletricidade, as velas eram colocadas sobre candeeiros
nas janelas das casas.
Os cartões de Natal são mais recentes, surgiram em 1843 na Inglaterra, sob inspiração John Horsley que o ofereceu a um amigo, Henry Cole.
Este gostou tanto, que sugeriu
fazer cartas rápidas para que todos se felicitassem mutuamente em todo final de
ano.
Desde a sua origem até os
dias atuais, o Natal segue carregado de magia. Os ritos e canções vieram por sugestão
da Igreja, como forma de teatralizar o nascimento de Cristo e assim evangelizar.
As cenas foram ganhando
modificações ao longo dos séculos sem perder o sentido da confraternização.
E assim, deste modo,
chegamos ao que temos hoje.
Como disse certa vez um poeta,“é melhor ser alegre que ser triste”.
Sendo assim, faço votos de um Feliz Natal a todos e todas!
Ah! Não se esqueçam de cumprimentar o aniversariante!
Pesquisa: Valéria
Rambaldi
Show! Obrigado! Vou ler hoje na ceia e amanhã no almoço.
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