segunda-feira, 26 de maio de 2025

Comprem o nosso novo livro impresso através das livrarias digitais

Este é um daqueles livros fáceis de ler em que o texto na forma de conversa informal mais as fotografias, nos levam a imaginar um sobrevoo de helicóptero na cidade de São Paulo em companhia deste repórter aqui.


“Aventuras de um repórter aéreo”, traz uma sequência de recordações dos 21 anos em que voei para a Rádio Eldorado.

Conto histórias de bastidores da aviação, do jornalismo e em especial do meio rádio e seus principais nomes.


Quem ainda se lembra de Franz Netto do helicóptero Abelhudo Cofap-Bandeirantes ou do Águia Dourada, da TV Record?

Pois é, falo de todas essas recordações e ainda aponto as novidades de quem está fazendo rádio de qualidade hoje em dia.


Relembro algumas polêmicas que levantei com as autoridades para a solução de alguns problemas no trânsito que deram certo. 
Por exemplo, a inversão da mão de direção nas Ruas Borges Lagoa e Pedro de Toledo, entre a Vila Mariana e o Ibirapuera. Conto também a história do "Ricardão" da CET.


No ABC ocorria um congestionamento diário entre Santo André e São Caetano do Sul, na confluência da Avenida Dom Pedro com a Rua Alegre.

Aquela situação também foi normalizada graças ao dedo voador deste repórter aéreo junto aos prefeitos da época, Tortorello e Celso Daniel.

Peço as vocês leitores e leitoras deste blog e aos que me seguem pelas redes sociais para que adquiram meu livro vendido a um preço justo de R$ 60,00 via PIX através do site da Livraria Scortecci ou nos demais links:

Portal do Escritor:


https://www.portalescritor.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4919&codant=79&cd_secao=81&busca=1#4919

 

Livraria Scortecci:

https://www.livrariascortecci.com.br/detalhes.php?prod=10408&friurl=_-AVENTURAS-DE-UM-REPORTER-AEREO--Geraldo-Nunes-_&kb=771

Amazon:

https://www.amazon.com.br/gp/product/8536670894/ref=ewc_pr_img_1?smid=A2J2ET339OBV0D&psc=1

Estante Virtual:

https://www.estantevirtual.com.br/livro/aventuras-de-um-reporter-aereo-ITA-6775-000

 

Magalu:

https://www.magazineluiza.com.br/aventuras-de-um-reporter-aereo-scortecci/p/ke90j8jja7/li/libi/

 

Livraria do Mercado:

https://www.livrariadomercado.com.br/aventuras-de-um-reporter-aereo-geraldo-nunes

 

Martins Fontes:

https://www.martinsfontespaulista.com.br/aventuras-de-um-reporter-aereo-1143284/p



Depois de atingir a marca da quantidade necessária de livros a serem vendidos haverá uma grande manhã e tarde de autógrafos para felicidade geral da nação.

Na ocasião estarei disponível para longos bate-papos, a data marcada é 16 de agosto na sede da Livraria Scortecci, na Rua Deputado Lacerda Franco, em Pinheiros.

SERVIÇO

AVENTURAS DE UM REPÓRTER AÉREO
Geraldo Nunes
ISBN - 978-85-366-7089-8
Scortecci Editora
Autobiografia - Formato 16 x 23 cm - 1ª edição - 2025 - 240 páginas


terça-feira, 20 de maio de 2025

Os 80 anos do final da Segunda Guerra e o heroísmo da FEB na Itália

Em 8 de maio de 2025, comemorou-se os 80 anos do término da Segunda Guerra Mundial na Europa, após a rendição incondicional da Alemanha de Hitler diante dos países aliados. 

A data passou a ser lembrada como o “Dia da Vitória” e desde então o mundo nunca mais foi o mesmo.

Cerca de 20 milhões de soldados perderam a vida neste conflito, além dos 6 milhões de judeus assassinados nos campos de concentração mantidos pelos nazistas. 

Distante da Europa, o Brasil não tinha por que participar da guerra, mas acabou tendo que enviar à Itália um batalhão que levou o nome Força Expedicionária Brasileira – FEB.

Composta por aproximadamente 25 mil militares entre homens e mulheres, o contingente chegou despreparado faltando até mesmo uniformes para enfrentar o rigoroso inverno.

Por tais motivos, os soldados sob o comando do general Mascarenhas de Morais, tiveram que passar por treinamento com armas americanas, antes de seguir para as áreas de conflito.  

Os pracinhas da FEB, ou seja, soldados, cabos e sargentos com idades entre 21 e 24 anos, seguiram para várias localidades italianas com destaque para as cidades situadas em regiões montanhosas.

Uma das batalhas mais importantes foi a tomada de Monte Castello, um marco da participação brasileira na guerra. 

Apesar dos horrores ocorridos durante o conflito ficaram lembranças positivas da FEB para o povo italiano.

No lado direito de quem olha a foto acima, está um soldado da FEB com uma concha distribuindo mingau para as famílias italianas. 

Era o que havia para se alimentar naquele dia, embora pouco, nada impedia que os brasileiros dividissem o que tinham com o povo faminto.

Esta fotografia sensibilizou o então papa Pio XII, a ponto dele citar em uma de suas homilias “aonde os soldados brasileiros estão não há fome”.


Até hoje em cidades italianas a população celebra as lembranças deixadas pelos antepassados em relação à Força Expedicionária Brasileira.

Tais recordações, mesmo 80 anos depois, valorizam a memória do passado tão fundamental para se construir um futuro melhor para todos. 


Fonte e Fotos: Centro de Comunicação Social do Exército (CComex) 

Ouça a Canção do Expedicionário

Letra: Guilherme de Almeida

Música: Spartaco Rossi



Canção do Expedicionário - Brazilian Expeditionary Force Anthem


segunda-feira, 5 de maio de 2025

A história do conclave que durou quase três anos

“Habemus Papam”, é a expressão em latim utilizada pela Igreja Católica para anunciar a escolha de um novo pontífice.

Já estão reunidos em Roma os 133 cardeais vindos de todas as partes do mundo para apontar o nome de quem irá suceder o papa Francisco.

O “conclave” nome utilizado para este colegiado que reúne cardeais do mundo todo, costuma durar menos de uma semana, mas nem sempre foi assim.

No século XIII a divisão na Igreja era tamanha que a eleição levou 33 meses para ser concluída. 

Os cardeais da época se reuniram em Viterbo, região central da Itália, no dia 29 de novembro de 1268 e o impasse prosseguiu até 1º de setembro de 1271.

O eleito acabou sendo Gregório X e dessa experiência foram estabelecidas por ele as regras para a escolha de seu sucessor e delas se deu origem ao termo “conclave”.

Após a morte de Clemente IV, em novembro de 1268, vinte cardeais eleitores se reuniram, mas as assembleias acabavam obstruídas pela contraposição entre duas correntes.

Cansada de acompanhar o impasse que já passava de um ano, a população de Viterbo decidiu aprisionar os cardeais em um palácio e diminuir o fornecimento de alimentos aos reclusos.

A partir dessa decisão vinda do povo, os cardeais tiveram que se entender e em 1º de setembro de 1271, se deu a escolha de Tebaldo Visconti que deu para si o nome Gregório X.

Coroado em Roma no dia 13 de março de 1272, mesmo sem experiência nos trâmites da Cúria, não se deixou manipular.

Dele vieram as propostas para organizar as regras de sua sucessão, mas houve forte resistência da maioria dos cardeais.

Foi então que dos padres veio a pressão para se apoiar as ideias de Gregório X na escolha dos futuros Papas. 

Ficou estabelecido que após três dias de reunião, se os cardeais não chegassem a um eleito, as refeições seriam reduzidas de dois para um prato durante os cinco dias seguintes.

Depois desses cinco dias, se ainda não houvesse um escolhido, as refeições seriam reduzidas a apenas pão, água e vinho até a eleição.

Assim se deu o primeiro “conclave”, cujas normas seguem sendo utilizadas até hoje. 

Determina-se um local fechado para as votações, no caso a Capela Sistina, com regras estabelecidas para a duração do encontro, incluindo as penas que dizem respeito à alimentação.

Para os cardeais da atualidade a ideia de se passar fome, caso as discussões se prolonguem, parece não preocupá-los. 

Essas leis ainda existem assim como outras, mas caíram em desuso, o consenso deve prevalecer, apesar das diferentes opiniões.

Notícias veiculadas na mídia dão conta que a Igreja Católica se encontra dividida e polarizada em facções.

Os cardeais então que se entendam para não passarem fome.

Quem diria que as regras para a escolha dos papas surgiriam com penalidades para o estômago?

As histórias sobre os sucessores de Pedro são muitas, mas hoje ficaremos por aqui.


Fontes e fotos: Vatican News

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Peço respeito ao Papa Francisco e à sua Igreja

A morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, tem sido nos últimos dias o assunto mais comentado nas redes sociais.

Como sempre há os que elogiam e os que criticam, mas percebe-se muita desinformação sobre o que representa a figura do sumo-pontífice.

Até já me perguntaram: Para que serve o Papa?

Todo Papa é escolhido para ser o líder espiritual e administrativo da Igreja Católica no mundo todo.

Durante seu pontificado, ele guia os destinos da instituição no que diz respeito aos assuntos ligados à fé e ao comportamento dos católicos sob a luz do Evangelho.

Cabe ao Papa também zelar pela integridade da Igreja e exercer as funções de chefe de Estado do Vaticano.

Muitos não percebem, ou não sabem, mas a Igreja Católica é a mais antiga instituição em atividade no mundo ocidental.

Ao longo da história cometeu inúmeros erros, mas se fosse tão ruim como dizem os seus detratores que só se lembram das fogueiras da Inquisição, já teria sido extinta.

Os romanos estavam cansados de perseguir os cristãos que cresciam em número cada vez maior.

Foi então que o imperador Constatino I, que viveu entre 272 e 337, e governou Roma por 31 anos, anuncia ter visto no céu uma cruz com a inscrição "In Hoc Signo Vinces", ou seja, "Com este Sinal Vencerás"!

Alguns historiadores discordam que Constantino tenha se convertido ao cristianismo e, de fato, não há como se afirmar se houve a sua conversão.

Ele, entretanto, pôs fim às perseguições e deu liberdade aos cristãos que assim puderam organizar, sob as bençãos do Estado, a sua religião.

A queda do Império Romano do Ocidente ocorre em 476 e marca a deposição do último líder, Romulo Augusto, por Odoacro, comandante e guerreiro bárbaro.

O esfacelamento completo levaria mais tempo, mas a Igreja Católica Apostólica Romana sobrevive ao fim dos reis de Roma e prossegue de forma independente a sua jornada.

Muita gente manifesta suas opiniões contra a Igreja nas redes sociais, tendo por base somente os erros cometidos, mas os acertos e os benefícios?

Boa parte das pessoas não sabe que a Igreja Católica é a maior instituição caritativa do planeta.

Se a Igreja Católica saísse da África, 60% das escolas e hospitais seriam fechados.

No Brasil, até a década de 1950, quando não existia nenhuma política de saúde pública em nosso País, eram as casas de caridade da Igreja que sozinhas cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital.

Isto sem falar dos orfanatos, asilos e leprosários existentes na Ásia, na Oceania e na América Latina.

Depois de ser eleito Papa, em 2013, Francisco deu início a um processo que trouxe transparência às contas do Vaticano.

Ele criou um Conselho para a Economia, com membros religiosos e laicos, visando centralizar a contabilidade para impor disciplina econômica com governança orçamentária.

Descobriu-se que havia, €1,1 bilhão em ativos não declarados e se contratou uma auditoria externa abrangente com a Pricewaterhouse Coopers -PwC.

Após 12 anos de pontificado, Francisco deixa um Vaticano financeiramente mais transparente e responsável.

Auditorias independentes, prestação pública de contas e colaboração internacional agora são rotina.

O que virá daqui pra frente, só mesmo Deus para saber, mas os caminhos da transparência foram abertos.

Há outros problemas a se resolver como as divisões internas entre progressistas e fundamentalistas e a polarização política.

Meu objetivo nesse texto não é o de seguir adiante nas discussões sobre o futuro da Igreja e sim alertar para que não se levantem "falsos testemunhos" contra quem quer que seja, até mesmo o Papa, sem a devida informação.


Fontes:

Invest News - Transparência nas finanças do Vaticano: um legado do papa Francisco - por Alexandre Versignassi e Dhiego Maia - 21 abr.2025

https://investnews.com.br/economia/transparencia-nas-financas-do-vaticano-um-legado-do-papa-francisco/

Vatican News e Wikipedia

 


quarta-feira, 16 de abril de 2025

Reflexões sobre a última ceia na pintura de Leonardo da Vinci

Recebo diariamente mensagens em podcast que me chegam através do WhatsApp.

Uma delas é o “Mini Sermão”, do padre Joãozinho, de Santa Catarina, outra me é transmitida por um colega evangélico, o pastor e jornalista Walter Fernandes, residente na Itália, e se chama “Presente Diário”.

Desses recados matinais, extraí as reflexões que seguem nessa postagem, tendo por base o quadro “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, pintado entre 1494 e 1498.


 A obra na época foi financiada pelo duque Ludovico Sforza, responsável pelo convento dominicano de Santa Maria delle Grazie, em Milão.

O quadro original mede 4,6 metros de altura por 8,8 metros de comprimento e segue exposto, conforme informações que obtive, neste mesmo convento até hoje.

Leonardo da Vinci viveu entre 1452 e 1519 e pode ser considerado um polímata, ou seja, aquele que detém conhecimento em diversos assuntos.

Antes de fazer a pintura ele pesquisou os textos bíblicos, daí a postura e o gestual de cada dos participantes da ceia, incluindo Jesus Cristo, o mestre de Nazaré.


Várias reproduções da pintura original aparecem pelo mundo afora, não vamos entrar em detalhes sobre isso.

Procure, entretanto, observar atentamente cada um dos participantes da cena.

O jantar chegava ao final e Jesus faz uma revelação inesperada e sincera: “Um de vós há de me trair”.

Cada convidado passa a reagir de acordo com aquilo que traz em seu pensamento, a obra de arte parece ganhar movimento.

Leonardo da Vinci capta esta reação por isso a pintura também chamada de “Santa Ceia” se destaca ao longo dos séculos.


João, sentado à direita se mostra calmo, é o discípulo amado. À esquerda do mestre, está Tiago, seu irmão com rosto admirado e de braços abertos como a perguntar. “Qual a razão para trai-lo?”

Tomé levanta o dedo e quer uma prova. Filipe de pé, parece não entender o que está acontecendo, talvez estivesse distraído. 

Mateus olha para os últimos à sua esquerda, Tadeu e Simão, e pede que eles prestem atenção.

Bartolomeu, do outro lado, segura na mesa e se lembra que quando conheceu Jesus, o tratou com ironia e agora se mostra inseguro, parece não acreditar no que acabou de ouvir.

André, o irmão de Pedro, levanta as mãos como a dizer: "Eu não!" Pedro pede a João que explique o que aconteceu e pergunta ao Mestre: "Quem seria?" O traidor, Judas Iscariotes, agarra um saquinho de moedas.  


Descobrir-se vítima de uma traição deve ser um dos piores sentimentos para o ser humano. Jesus passou por isso

Neste caso, já sabia de antemão quem cometeria a traição e que não seria apenas um.

Pedro, sempre impetuoso, afirma que jamais o abandonaria e o Senhor, para sua surpresa, anuncia que ele o negaria por três vezes.

É possível que Judas pertencesse a um grupo chamado “zelotes”, formado por nacionalistas que queriam ver a nação de Israel liberta do domínio dos romanos.

Talvez Judas tenha ficado decepcionado porque o “reino” que Jesus anunciava não tinha a conotação política que esperava.

Ele, portanto, não teve dificuldade de o entregar ao Sinédrio por 30 moedas de prata.

Quando Jesus foi preso, Pedro o acompanhou de longe e por três vezes, quando indagado se fazia parte do grupo dos doze, negou o Mestre.

Então o galo cantou e depois, o texto bíblico informa que Pedro “chorou amargamente”.

Mateus relata que Judas sentiu remorso, devolveu o dinheiro e se enforcou.

Depois de ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos e teve uma conversa séria e difícil com Pedro.

Perguntou a ele três vezes se o amava e pede para que apascente suas ovelhas, tal como um pastor cuida dos seus cordeiros.

O "Presente Diário" afirma que se Judas não tivesse se matado e pedido perdão, certamente Jesus também o perdoaria.

Conclusão: “Não importa o tamanho de nosso pecado. Se nos arrependermos sinceramente e o confessarmos ao Senhor, ele sempre perdoará”.


Fontes: João Carlos Almeida; padre músico e apresentador do "Mini Sermão", edição dia 15/04/25

Clarice Tammerik - Rádio Transmundial - programa "Presente Diário", edição dia 13/04/25

Trechos bíblicos citados: Jo 13,21-33.36-38 e Jo 21.15-19

Mt 26, 34-47-50 e Mt. 27. 1-5

 


domingo, 23 de março de 2025

Queda do chichá no Largo do Arouche foi um grito de alerta

Terminou o verão e com a chegada do outono, diminuem os temporais e as consequentes quedas de árvores.

Isto representa um alívio para a prefeitura que empurra para o ano seguinte a solução do problema das enchentes.

Como se sabe este é um caso insolúvel diante de uma metrópole com mais de mil córregos subterrâneos.

Mas o que me surpreendeu foi a notícia da queda, em 12 de março, de uma das árvores mais antigas de São Paulo.

O chichá do Largo do Arouche, cujo nome científico é sterculia chicha, tinha mais de 200 anos e fazia toda a diferença paisagística daquele lugar.


A foto de 1963 postada no site São Paulo Antiga, do estimado colega Douglas Nascimento, apresenta uma antologia iconográfica do Arouche que define visualmente a altura do chichá em cerca de 20 metros.

Nessa outra estampa do São Paulo Antiga, de Douglas Nascimento, registrada de um edifício em um ponto mais alto, em 1977, a foto apresenta o chichá ainda mais exuberante.

Esse triste registro tirado em frente de uma tela de televisão, aponta que a árvore caiu para o lado do Hotel São Rafael após a tempestade do dia 12 de março, felizmente nenhuma pessoa foi atingida.


Alguns dias depois pedi para o meu confrade na Academia Cristã de Letras, Reinaldo Bressani, que mora nas imediações, para que desse uma passada pelo local e tirasse uma foto.

Como se percebe a fratura do tronco se deu a uma altura de quatro metros, aproximadamente.

A prefeitura fez a limpeza, serrou a parte quebrada e colocou uma cerca em torno das raízes. 

O que será daqui para frente, se a antiga planta terá condições de sobreviver e brotar, ainda não se sabe.

Cabe à prefeitura uma análise mais detalhada, visto que se trata da terceira árvore mais antiga de São Paulo.

De um levantamento realizado em 2013, estima-se que a mais velha seja a Figueira das Lágrimas, no Sacomã, com cerca de 250 anos, seguida de um Jequitibá plantado na área onde hoje está o Jardim da Luz.

G1

Esperamos que o assunto proteção das árvores não caia no esquecimento da prefeitura com a diminuição das chuvas.

No dia 12 de março, o taxista Elton Ferreira de Oliveira morreu após uma árvore cair sobre o seu automóvel em plena Avenida Senador Queiroz, durante a tempestade.

A árvore que a prefeitura alegou estar sadia, ainda atingiu a fiação causando curto circuito, faíscas e falta de energia elétrica.

 

Fontes:

A queda do chichá e uma antologia visual do Largo do Arouche - São Paulo Antiga – Douglas Nascimento: A queda do chichá e uma antologia visual do Largo do Arouche » São Paulo Antiga

Chuva em São Paulo derruba terceira árvore mais velha da cidade: https://odia.ig.com.br/brasil/2025/03/7020070-chuva-em-sao-paulo-derruba-terceira-arvore-mais-velha-da-cidade.html

Árvores centenárias em São Paulo – Tomás Chiaverini: https://vejasp.abril.com.br/cidades/arvores-centenarias-sao-paulo/

 

 


segunda-feira, 17 de março de 2025

Salomão Ésper será sempre exemplo de ética e respeito profissional

Salomão Ésper viveu 95 anos bem vividos graças ao respeito e ética profissional junto aos colegas e por todos ao seu redor. 

O conheci como ouvinte ainda nos meus tempos de menino e desde quando era estudante na faculdade passei a tê-lo como uma referência ao bom jornalismo naqueles anos de chumbo. 

Passou o tempo e nos tornamos colegas de trabalho na Rádio Bandeirantes, ele sempre solícito em esclarecer as dúvidas de todo novato.



Moderado nos comentários e tido por muitos como conservador, Salomão para mim era o contraponto das reflexões políticas, por isso sempre fiz questão de ouvi-lo. 

No dia a dia, ensinava coisas importantes para o aprimoramento não só do nosso trabalho, mas de todos os jovens repórteres que ingressavam na emissora.

Preocupado com a saúde, não só dele mas de todos, guardava em uma gaveta de sua sala todos os tipos de comprimidos. Azia ou dor de cabeça? Procure o Salomão, sempre sorridente a nos atender. 

Durante os bate papos recitava de improviso poemas de Olavo Bilac, Carlos Drumond e outros tantos poetas. 

Fazia isso também diante dos microfones de acordo com os assuntos que estivessem sendo tratados.

Respeitoso com os ouvintes lia com atenção as mensagens enviadas ao programa na "Hora do Café", do Jornal Gente da Bandeirantes. 


Antes da emissora do Morumbi,  passou pelas rádios América, Cruzeiro do Sul, Piratininga e comandou programas nas TVs Cultura e Bandeirantes.
 
Na foto acima o vemos jovem na Rádio Cruzeiro do Sul ao lado da apresentadora Elizabeth Darcy, mãe do narrador esportivo Sílvio Luiz.

Nascido em Santa Rita do Passa Quatro - SP, mudou-se para a capital paulista com a finalidade de aprimorar seus estudos e formou-se advogado. 

Ainda quando estudante, em um concurso da Rádio Cruzeiro do Sul para a contratação de dois locutores, foi aprovado e contratado junto com Cid Moreira.

Na Rádio América conheceu o então jovem repórter esportivo José Paulo de Andrade, depois com ele já na Rádio Bandeirantes, deu continuidade ao horário das oito da manhã para comentários noticiosos.

Vicente Leporace tradicional apresentador de "O Trabuco", faleceu em 1978 e para substituí-lo houve uma preocupação enorme.

Após seguidas reuniões ficou decidido que três comentaristas seriam necessários para substiuir Leporace. 

Salomão Ésper, que ficava em seu lugar nas férias foi designado e com ele José Paulo de Andrade e Joelmir Beting.

O resultado foi perfeito, a audiência não diminuiu e o Jornal Gente segue no ar até hoje e mesmo com novos apresentadores a audiência do horário ficou garantida.



Quem conheceu Salomão Ésper com certeza teve o privilégio de ver diante de si um ser humano notável, amigo e sincero com todos.

O melhor, é que estava sempre de bom humor, tanto que em um dos almoços promovidos pela Academia Paulista de Jornalismo - APJ, Salomão Ésper soltou essa:

"Acontecem coisas boas em todas as fases da vida, estou adorando a velhice, pena que dura pouco". 

Salomão foi para o céu e para nós aqui na Terra, fica o exemplo e a saudade.

De agora em diante os almoços da APJ nunca mais serão os mesmos