O Viaduto do Chá está com problemas de infiltração das águas de chuvas em suas estruturas e precisa passar por um processo de recuperação e impermeabilização.
A prefeitura pretende iniciar os trabalhos entre
fevereiro e março de 2026 e a entrega completa está prevista para acontecer em 18 meses ao custo de R$ 70
milhões.
A licitação será lançada nos próximos dias e faz parte de um projeto que prevê, além da reestruturação completa, a implantação de um quiosque no formato de um bonde para informações turísticas.
As calçadas serão remodeladas, o mosaico português será
substituído pelo granito e as cores atuais serão mantidas.
O bonde será colocado no local onde hoje está uma banca de
jornais, em frente ao Shopping Center Light.
Ainda ninguém sabe para onde irá a banca, mas em frente será feito um recuo para embarque e desembarque de passageiros, igual ao da entrada na sede da Prefeitura.
A questão é que a proposta não prevê fazer do quiosque uma réplica, ainda que em tamanho reduzido, de algum dos modelos de bondes que durante décadas circularam
em São Paulo ao longo do século 20.
Um dos primeiros modelos de bondes elétricos é este todo aberto. Não havia pontos de parada, o passageiro tinha que correr e se pendurar nele andando, como mostra a foto.
Essa estampa é da década de 1920, mas convenhamos, este modelo é feio para os padrões atuais, não serve de inspiração para o quiosque.
Este outro bonde também aberto circulou até por volta de 1965, cheguei a vê-lo nas ruas quando era criancinha.
Esta fotografia é de 1963 onde aparece o bonde camarão que fazia ponto final na Vila Maria, o modelo ganhou
este apelido por causa da cor vermelha.
Já este outro é o Centex, de fabricação
norte-americana que passou a circular em São Paulo na década de 1940.
A população passou a chamá-lo de Gilda em homenagem à
atriz Rita Hailworth, estrela de um filme que levava este nome.
Ao nosso ver esse é o formato mais adequado para a réplica
fixa que se pretende colocar no Viaduto do Chá.
O bonde deixou de circular em São Paulo no ano de 1968
acusado de atravancar o trânsito e de lá para cá, algumas ideias para um
substituto foram ventiladas.
Em 2017 o então prefeito João Doria, recebeu do setor
privado, um projeto de recuperação do centro que incluía a proposta de um passeio turístico a
bordo de um Veículo Leve sobre Pneus – VLP.
Este VLP, “bonde elétrico sobre rodas”, circularia no
centro histórico de São Paulo unindo dois pontos de cultura musical.
O “bondinho” sairia da Estação Júlio Prestes com destino
ao Teatro Municipal e vice-versa, mas a sugestão não foi adiante.
Quem sabe a memória dos bondes se perpetue com
essa nova ideia que esperamos possa vingar. Só mesmo ver para crer.
Fontes: Estadão Conteúdo/Revista Carta
Capital/Google
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