terça-feira, 25 de novembro de 2025

COP 30 termina: Resultados dependem da boa vontade dos governantes

A COP 30 em Belém terminou sem se adotar, de forma oficial, um cronograma de financiamentos para o cumprimento das metas ambientais propostas aos países signatários.

Questões como o fim do uso dos combustíveis fósseis, ainda estão longe de serem alcançadas, mas se estabeleceu um relatório final.

Denominado,“Acordo Mutirão”, ficou acertado o compromisso das nações levarem adiante metas que limitem o aquecimento global a 1,5°C até 2035. 

Para isso países ricos terão que aumentar significativamente o financiamento climático às nações em desenvolvimento.

Será preciso, portanto, contar com a “boa vontade” dos governantes dos países desenvolvidos.

Como se sabe, nem sempre aquele que decide hoje, será o mesmo que estará no cargo amanhã.

De todo modo a COP 31 está marcada para novembro de 2026, a sede será na Turquia e para o encontro surgiu uma definição considerada inédita.

Será a Austrália, um país forte economicamente, o líder entre os países nos processos de negociações para financiamentos.

Outro ponto crucial definido em Belém foi o reconhecimento pelos demais países da importância dos povos indígenas viverem junto à natureza.

Ficou esclarecido que a presença deles nas florestas ajuda a frear o aquecimento global.

Quando há um território indígena demarcado todo o meio ambiente em volta dele se beneficia.

A população indígena ajuda a manter a floresta intacta, retirá-lo da mata é igual deixar uma moradia urbana abandonada.

Se o proprietário de uma casa vai embora, o imóvel se deteriora e acaba sendo invadido, ou depredado e depois usado para todo tipo de finalidades escusas.

Nas florestas sem a presença dos índios acontece o mesmo e quem ocupa o espaço são os grileiros que promovem o desmatamento, o garimpo ilegal, se estabelecem rotas para o tráfico de drogas e contrabando.

Todos precisam entender, especialmente quem vive nas grandes cidades, que a floresta é a casa do indígena.

O índio retirado de seu habitat passa a ter vida paupérrima nos centros urbanos, é preciso ter consciência disso.

Outro ponto acertado foi promover a transição energética para aos poucos se deixar de fazer uso das termoelétricas que poluem o ar e degradam o meio ambiente.

Isto não diz respeito propriamente ao Brasil que já promove novas fontes alternativas como a energia solar e eólica, além das usinas hidrelétricas.

Mais uma questão importante foi a de se adotar práticas agrícolas regenerativas, voltadas a preservar ou restaurar os ecossistemas existentes.

Além da Amazônia, o Cerrado brasileiro vem sendo desmatado para a formação de pastagens, sem uma reposição correta e se faz necessário aprimorar ações.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa apresentou aos países visitantes propostas inovadoras.

Houve com isso a partilha de conhecimentos daquilo que o Brasil já adota no agronegócio.

Há países que não possuem tecnologias adequadas voltadas ao plantio e nesse aspecto a nossa pátria está na frente de muitas outras. 

Apesar dos problemas de acomodação e logística e até de um incêndio em um dos pavilhões, a COP 30 trouxe resultados positivos para o mundo.

Basta aos mandatários terem boa vontade para levar adiante as práticas ambientais sugeridas.


Donald Trump não sabe o que perdeu!

Que venha, a COP 31.


Fontes: Estadão Conteúdo e Agência Brasil

Fotos: Wilton Jr e Epitácio Pessoa. Estadão – Bruno Peres. Agência Brasil




2 comentários:

  1. Sim! É assim mesmo! O problema é que ninguém quer abrir mão do conforto proporcionado pelas indústrias poluentes. A cada dia, mais e mais produtos desnecessários são fabricados e tornados necessários pelo marketing. Aqui em Brasília, e em São Paulo não deve ser diferente, uma família com 5 pessoas possui 5 carros, 5 celulares, 5 televisões, 5 aparelhos de ar condicionado (pelo menos), talvez até duas ou três geladeiras. Na hora de sair, cada um vai no seu carro. Creio que vivi a minha vida ecologicamente. Só tenho o necessário. Nunca tive carro, só tenho um celular, um telefone fixo, e procuro economizar água e luz. Procuro fazer a coleta seletiva do lixo. Mas,pelo consumo que vejo nos shoppings, muita gente não está preocupada com isso. Com relação à COP 30 (e outras anteriores), temos muitos discursos em favor do meio ambiente. Mas, muitos dirigentes, defendem florestas, mas são acionistas de empresas mineradoras e exploradoras de petróleo, as quais liquidam com o ambiente onde se instalam. Que o diga a família real da Inglaterra! Todos defendem o meio ambiente, mas são acionistas das maiores empresas poluidoras do planeta. Paccelli Zahler - Brasília DF - via WhatsApp.

    ResponderExcluir
  2. O meu comentário se baseia que se os participantes ricos tiverem mesmo vontade política os paises em desenvolvimento deverão avançar muito nos benificios de seus povos! Mas as ajudas financeiras liberadas terão de cair em mãos de políticos honestos, nao nas mãos de políticos populistas! O cuidado com as classes menos favorecidas incluindo os indígenas é fundamental para melhorar o índice humano! Parabéns por seu trabalho como jornalista blogueiro ! Abraço! Ninero Torres via WhatsApp

    ResponderExcluir