O Conjunto Nacional é um arranha-céu pujante que segue ativo acompanhando o ritmo de frenético de São Paulo.
Sua construção remonta o tempo em que havia muitos casarões na Avenida Paulista e por este motivo se constitui em um dos símbolos da verticalização de São Paulo.
Sua localização é privilegiada, cruzamento Paulista - Augusta e foi erguido no lugar de um casarão art-noveau,
projetado pelo arquiteto Victor Dubugrás, que ocupava todo o quarteirão.
Junto ao quintal da citada mansão havia 30 árvores frutíferas entre jabuticabeiras, amoreiras, parreiras e ameixeiras, entre outras.
Possuia no mesmo espaço hortas, flores e tanques com
peixes, o leite para as crianças era extraído in natura, havia uma vaca que ficava na cachoeira da casa só para
essa finalidade.
Esses detalhes me foram passados pela senhora Helena
Maria América Sabino de Souza Queiroz Vieira de Carvalho, longo nome da menina
chamada pelo avô de Colibri, era ela neta de Horácio Sabino.
Entrevistei Colibri em 2001, no programa São Paulo de Todos os Tempos e sua história saiu no livro de mesmo nome, publicado pela RG Editores no ano de 2005.
Horácio Sabino, além de ser o dono do casarão, era o proprietário
das terras que hoje compõem os bairros da chamada região dos Jardins.
Sua residência não permaneceu de pé nem 50 anos porque
em São Paulo, as casas morrem antes que as pessoas.
Inaugurado em 1904, o imóvel foi demolido após a morte dele, em 1950 e a família vendeu o terreno para o empresário Jose Tjurs que desejava construir ali um grande hotel.
A legislação vigente impedia a instalação de hotéis na
Avenida Paulista e o impedimento fez surgir o Conjunto Nacional, destinado ao
uso comercial, residencial e de escritórios.
Projetado por David Libeskind, sua construção começou em 1953 e a conclusão em 1957, quando de fato começou a funcionar.
Histórias interessantes de personalidades que passaram
pelo Fasano, como o presidente norte-americano Dwight Einsenhoer e o cantor Nat
King Cole estão no livro “Conjunto Nacional - a conquista da Paulista”, do
saudoso escritor Angelo Iacocca.
A foto acima revela a visão da atual Avenida Paulista para quem está nas dependências de onde ficava o antigo Fasano.
O prédio do Conjunto Nacional se divide em espaços horizontais e verticais onde se ergueram as torres Horsa I, Horsa II e Horsa III. Possui 26 andares e cinco elevadores.
Como todo edifício que não recebia manutenção, o Conjunto Nacional viveu uma fase de decadência e até um incêndio aconteceu em 1976.
Após sua recuperação foi tombado pelo Patrimônio
Histórico do Município e não pode mais receber nenhum tipo de alteração em suas
linhas arquitetônicas.
Fontes:
Livros: Conjunto Nacional - A Conquista da
Paulista - Iacocca, Angelo/Origem Editora/São Paulo/1998
São Paulo de Todos os Tempos Vol. II -
Nunes, Geraldo/RG Editores/São Paulo/2005
Sites: Condomínio Conjunto Nacional: http://www.ccn.com.br/historia.php
O Palacete Horácio Sabino por Luciana
Cotrim: O
palacete de Horácio Sabino | Série Avenida Paulista
(serieavenidapaulista.com.br)
Fotos: Pesquisa Google
Como todas as reportagens de Geraldo Nunes, a presente, sobre a história do Conjunto Nacional pode ser considerada um documento legítimo, admirável pela precisão que testemunhei em razão de ter morado na rua Novo Novo Horizonte
ResponderExcluirpróxima a av. Paulista é rua Augusta. Visitei o Conjunto Nacional no dia da sua inauguracao. Carlos Haddad -
ExcluirO meu baile de formatura do ginásio foi nesse restaurante, Fasano, nos idos de 1967...quanta saudade! Acir de Paiva- via WhatsApp.
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