O sucesso do Plano Real é uma realidade, mas a conquista da estabilidade econômica e financeira veio carregada de incertezas
A logomarca do Banco Nacional ainda é vista
frequentemente nas fotografias onde aparece o piloto tricampeão Ayrton Senna.
O Banco Nacional era uma instituição privada e sua falência
aconteceu após a descoberta que seus demonstrativos contábeis exibiam lucros
inexistentes na casa dos bilhões de reais.
Outros bancos de menor porte faziam o mesmo e o Banco
Central precisou intervir em todos eles.
Para que os clientes não perdessem seus créditos,
outros bancos assumiram o controle acionário dessas instituições inadimplentes.
“Se mais bancos fecharem as empresas irão junto e a
economia do país sairá arruinada”, alertava o ministro da Fazenda, Pedro Malan,
em novembro de 1995.
O exemplo usado para justificar o perigo, foi a quebra
da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
“Na ocasião a economia dos Estados Unidos entrou em
crise porque o governo não abasteceu os bancos com recursos financeiros”, explicaria
Malan ao lançar o Proer.
Por este programa o governo brasileiro forneceu aporte
financeiro aos bancos para garantir a sobrevivência das empresas e a garantia
dos empregos dos funcionários.
Mas a oposição e a mídia, como não poderia deixar de ser, caíram matando.
Apesar das críticas, a economia do país sobreviveu e o
Proer permaneceu em vigor até 2001.
O Brasil prosperou, mas algumas mudanças aconteceram: o
câmbio que antes era fixo voltou a ser flutuante e o Real perdeu seu poder de
compra em relação ao dólar.
A decisão de tornar o dólar flutuante fez aumentar as
exportações e fortaleceu o agronegócio, mas as taxas de juros permanecem altas,
embora não como antes.
Mesmo assim ainda é possível planejar compras a prazo,
algo que no tempo da hiperinflação era impossível.
O Brasil saiu do buraco graças ao Plano Real, mas seu futuro
ainda é cheio de incertezas.
Fonte: Texto editado a partir do livro "A
História do Brasil sob o olhar da Contabilidade – Os 100 anos do Sindicato dos
Contabilistas de São Paulo – Sindicont-SP", publicado em 2019. Autores: Lenilde
Plá De León e Geraldo Nunes.
Fotos extraídas do Google
Prezado e Nobre Confrade , Geraldo Nunes.
ResponderExcluirTudo bem ?
Atravessei essa época da mudança do Dinheiro , quando alguns meses depois de aposentado. Foi um momento difícil em Nossa vida porque tenho um filho especial e além disso quase perdi a minha casa , que comprei com o dinheiro da Aposentadoria.
Sofremos bastante nessa oportunidade , mas eu venci com sacrifício. E agradeci a Deus ,pelas graças recebida um episódio que marcou fundamente a minha existência.
Um grande abraço, Ilustre Confrade.
Lafayette.
Hoje um exemplar do Estadão na banca custa R$ 7,00. Tive a curiosidade de conferir: um mês depois do lançamento do Real, em Agosto de 1994, o jornal custava na banca R$ 0,60. O que deduzir dessa informação? Cada um faça as suas contas.
ResponderExcluirEm julho de 1994, com o lançamento do Plano Real, o litro da gasolina passou a custar R$ 0,55 e hoje custa em torno dos R$ 5,90, ou seja, ler jornal impresso fica mais caro depois de um ano, do que abastecer o carro neste mesmo período.
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