A catástrofe que se abateu sobre o Rio Grande do Sul deu mostras que o rádio segue importante, embora sua tecnologia considerada ultrapassada por alguns, serviu de alternativa e funcionou para ajudar pessoas em situação de emergência.
Através de informações transmitidas pelo rádio, o socorro às vítimas chegou mais depressa graças à ação dos profissionais das emissoras gaúchas e dos radioamadores posicionados nas diversas regiões do estado.
O povo gaúcho ainda sofre com a falta de conexão via internet e em muitos lugares, a energia elétrica não foi até agora restituída.
Há muito o que fazer e o radioamadorismo, por ser uma atividade livre, permitida pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, tem prestado auxílio graças a seus equipamentos capazes de transmitir através de ondas eletromagnéticas pedidos de auxílio para aqueles que precisam de ajuda.
Em Canoas, na Grande Porto Alegre, logo no início dos
transbordamentos, um radioamador recebeu a informação que havia quatro crianças
e dez adultos ilhados sobre o telhado de uma casa.
Ele rapidamente repassou a notícia via rádio para a
Defesa Civil que destinou equipes para o socorro das vítimas.
Este foi o ponto de partida para a formação uma rede
em todo o estado para ajudar a população, via contato radiofônico dos radioamadores com os
Bombeiros e Brigada Militar que utilizam equipamentos semelhantes.
Um levantamento feito em 2022 aponta a existência de 40,8
mil radioamadores em todo o Brasil, sendo 3,1 mil no Rio Grande do Sul.
Os radioamadores não dependem unicamente da
eletricidade, seus equipamentos podem alimentados por pilhas ou mesmo baterias
e são fáceis de carregar.
As antenas agora são menores e possibilitam o contato em
diversas frequências ouvidas pelos órgãos públicos.
Ao longo da história, o auxílio de radioamadores no
atendimento de diversas catástrofes mundiais, é notório.
O uso das ondas hertezianas, entretanto, passou a ser menos frequente após os avanços tecnológicos que possibilitaram contatos via satélite.
Agora, entretanto, percebeu-se no Rio Grande do Sul, como ainda é importante o auxílio das rádios no socorro às vítimas em ocorrências deste tipo.
O resultado obtido pelos radioamadores está sendo visto também como significativo, graças à atividade incansável de seus adeptos.
Esta ação conjunta, despertou o interesse dos professores da
Universidade de Santa Cruz do Sul – Unisc em colaborar. Eles deram início a uma campanha para
a obtenção de radinhos de pilha para serem distribuídos à população.
Os radinhos que chegam, estão sendo entregues aos desabrigados para que recebam as orientações que precisam, através das emissoras locais.
O nível das águas diminuiu, mas ainda há muitas
pessoas em desabrigo e sem internet, telefones, bem como, sem energia elétrica.
A utilização das ondas do rádio, reconhecidas como alternativa de emergência, deixa orgulhosos todos os radialistas e
radioamadores.
Aqueles que puderem enviar radinhos com pilhas para a
sintonia em FM devem procurar os órgãos de solidariedade em São Paulo ou nos
demais Estados.
Quem preferir pode colaborar através do PIX: doeumradio@gmail.com.
Essas informações, obtive através da Rádio CBN ao ouvir no sábado (18/05) o programa Show da Notícia, apresentado pela jornalista Juliana Prado, que
entrevistou o professor William Araújo, da Universidade de Santa Cruz do Sul –
Unisc, um dos organizadores do projeto.
Fontes: Rádio CBN – São Paulo e Jornal Digital
GZH
Fotos das enchentes: Agência Brasil
Gostaria de parabenizá-lo pela excelente matéria "Gaúchos descobrem no rádio uma tecnologia alternativa para casos de emergência". Seu trabalho destacou de forma brilhante a importância e a versatilidade do rádio como uma ferramenta crucial em situações de emergência. A abordagem detalhada e informativa contribuiu significativamente para aumentar a conscientização sobre o potencial dessa tecnologia, muitas vezes subestimada.
ResponderExcluirInfelizmente falta muita coisa ainda entre elas a reativação da RENER Rede de Emergência Nacional de Radioamadores infelizmente existe só no papel na prática está desativado a anos, sem falar no uso da faixa do cidadão o famoso PX que também não esta em funcionamento, ou seja os governantes abandonaram está tecnologia que mostra a sua eficiência quando tudo falha, luz internet e a eletricidade.
ResponderExcluirFalta reconhecimento dos governos entre eles a defesa civil nacional, estadual e municipal e o principal treinamentos simulados para quando acontece estarmos preparados.
Sou Radioamador PU3JAD e Faixa do Cidadão PX3Q2453 Santa Cruz do Sul RS
Não leve a mal meu comentário, mas ondas sonoras ?
ResponderExcluirBeleza! O rádio nunca vai perder o seu valor como comunicador! Ninero Torres, via WhatsApp.
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