segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Depois dos arranha-céus vieram as Torres - Parte 2

As novas e luxuosas Torres construídas em São Paulo, ajudam a embelezar a cidade. É desta maneira que observo os novos empreendimentos que surgem a todo momento. Desde o primeiro arranha-céu até hoje, são cerca de 45 mil edifícios construídos na capital paulista. O número exato, nem a prefeitura ou o Sindicato da Habitação - Secovi-SP possuem.



Durante meus sobrevoos pela cidade de São Paulo, nos tempos de repórter aéreo, acompanhei as transformações do dia-a-dia, não só no aspecto viário com a construção de novas pontes, túneis ou avenidas, mas também na arquitetura que fez surgir novos edifícios e promoveu a expansão dos bairros.

Um exemplo é o Jardim Anália Franco, antes humilde nos cafundós do Tatuapé e hoje um lugar aprazível e belo com seus edifícios residenciais.


Há paulistanos que reclamam do crescimento desordenado e atribuem à especulação imobiliária, a verticalização exagerada.

Outra versão diz que a especulação não existe e sim, a indústria da construção que gera empregos diretos e indiretos e movimenta a economia do país.

De fato, o mercado imobiliário faz movimentar o dinheiro e, como dizia Adam Smith, "o dinheiro é bom quando ele circula". 

Em termos de moradia, tudo que se constrói em São Paulo é vendido rapidamente, sejam casas populares para famílias de baixa renda ou apartamentos para a classe média ou média alta.

Perto do Jardim Anália Franco, mas ainda dentro dos limites do Tatuapé, está sendo lançado o Residencial Figueira Altos, um edifício de 50 andares, 168 metros de altura, sendo 1 apartamento por andar.


São 47 unidades de 337 m², com 4 suítes, 5 vagas de garagem e, na cobertura, um Duplex Top House de 594m², 5 suítes e pasmem; 8 vagas + depósito.

Haja grana para se comprar um apartamento desses! Claro, tudo pode ser financiado de acordo com o bolso do comprador, não fosse assim nenhum lançamento do tipo aconteceria. 

Quando o custo é maior pode até demorar algum tempo, mas tenham certeza que todas as unidades serão vendidas.

A nova Torre em um bairro antes considerado afastado, é resultado das mudanças feitas no Plano Diretor e na Lei do Zoneamento. Isto possibilitou a a liberdade de se construir arranha - céus no Tatuapé e em pontos da zona leste onde antes só havia casas térreas ou sobrados.

No passado só se pensava em adensar o centro e isso faz lembrar do pai de todos, o Edifício Martinelli, citado na postagem anterior do nosso blog.

No tempo de seu surgimento - 1929 - a Lei de Zoneamento ainda não existia. Ela surgiria somente em 1972, por isso o conde Martinelli nem se preocupou em consultar a prefeitura quando decidiu expandir a construção, fazendo em vez de 14, um total de 30 andares.

Depois outros surgiram arranha-céus surgiram e a cidade se acostumou com eles, mas desta vez é diferente.

O terreno dessa torre no Tatuapé possui 26.398,06 m², cuja capacidade abrigaria facilmente duas torres de 25 andares, mas para isso seria necessário agredir a natureza e cortar uma figueira histórica para o bairro.


A construtora decidiu preservá-la e para isso projetou uma Torre Única com o dobro de altura das torres do projeto original.

Na página do Figueira Altos, a Porte Engenharia e Urbanismo salienta que este será o edifício residencial mais alto da cidade, com 168 metros de altura.

Assim, o Mirante do Vale, edifício empresarial, continuará sendo o arranha-céu mais alto da cidade com 170 metros. Seu recorde não foi batido, entre todos os demais.

Como o assunto em questão é o Figueira Altos observe sua foto a partir de uma perspectiva por computador.👇



Adoro esses assuntos ligados a edifícios, porque assisti a construção lenta e gradual de vários deles ao longo dos meus 21 anos de sobrevoos pela metrópole como repórter aéreo da Rádio Eldorado.

Vi nascer, por exemplo, a Torre Centro Empresarial Nações Unidas, na Marginal do Pinheiros, a mais alta entre as que aparecem na foto, entre o Brooklin e o Itaim Bibi. Essa edificação é de uma beleza invejável.

Em seus 158 metros de altura estão abrigadas empresas multinacionais  muito conhecidas como Hewlett-Packard, Microsoft e Unilever. 👇




Entre 2008 e 2010, assisti a construção gradativa das 7 Torres que hoje compõem o Parque Cidade Jardim, um conjunto residencial de luxo. 

Cada uma delas tem um nome diferente: Begônias, Jabuticabeiras, Magnólias, Ipê, Mantos, Zínias e Resedá.

Elas também são vizinhas da Marginal do Pinheiros, só que no sentido Interlagos e todas tem a mesma altura, 158 metros. 👇



Um belo espécime da arquitetura brasileira, nascido nos anos 2000, é a E-Tower, edifício comercial com 148 metros de altura construído na região da agora próspera Vila Olímpia.👇



Quase ao lado da Estação Pinheiros do Metro, linha 4 amarela, o Birmann 21 onde funciona a Editora Abril, tem 149 metros de altura, conta com antena e heliponto no topo do edifício.👇



Já o Eldorado Business Tower é de 2007, me lembro bem dessa construção. Nunca vi um prédio subir tão rapidamente. Sua empreitada, ocupando parte do terreno do antigo estacionamento do Shopping Eldorado, movimentou empregados dia e noite.

Essa Torre alcançou 142 metros e superou em altura o prédio do antigo Unibanco, na esquina da Eusébio Matoso com a Marginal e está interligada ao shopping que agora tem um estacionamento subterrâneo.👇




Outro que também me lembro é o antigo Bank Boston, cuja Torre foi construída em 2002, na “Orla Paulistana do Rio Pinheiros”.

No passado, toda essa região às margens do Pinheiros era alagadiça e os terrenos custavam barato, as construtoras compraram e levantaram neles esses edifícios luxuosos que valorizaram bairros como o Brooklin, Vila Olímpia, Vila Cordeiro e Itaim Bibi, entre outros.

A Torre do antigo Boston, se chama agora Itaú Bank Fidelité, possui 145 metros de altura e seu estilo corporativo impressiona. Dá a impressão de estarmos em Nova York. 👇



Um edifício comercial em São Paulo ganhou o apelido de Robocop. Sabia? Observe o formato do super herói do cinema e depois confira.



O nome verdadeiro do Robocop paulistano é Plaza Centenário, foi inaugurado por volta de 1995 e sua construção levou oito anos para terminar. Possui 139 metros de altura.

Certa vez pousei no heliponto do Robocop debaixo de chuva, para dar meu lugar no Robinson 22 a um cinegrafista que foi fazer imagens da Represa Guarapiranga para um filme sobre a Capela do Socorro onde participo como historiador entrevistado. 

Depois das filmagens ele retornou, embarquei de novo e continuei meu sobrevoo para falar do trânsito.





Para finalizar, também me lembro com carinho da construção do Edifício Mandarim, no Brooklin, o mais alto entre os edifícios residenciais, superado somente agora pelo Figueira Altos.

O Mandarim tem 28 andares e 134 metros de altura. 👇


Todos esses edifícios localizados na “Orla do Rio Pinheiros” e suas imediações, vimos nascer durante os nossos sobrevoos para ver o trânsito da cidade e observar as paisagens urbanas.

Aos repórteres aéreos de agora recomendo dar atenção a tudo o que estiver sendo construído. Assim será possível depois contar, inclusive aos filhos, sobrinhos ou netos, aquilo que se viu em termos de mudanças a cada voo. A todos vocês, meu abraço.

 

Um comentário:

  1. Quantas lembranças, heim? Os prédios, torres e arranha-céus emprestam uma beleza arquitetônica à cidade.

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