Recebo diariamente mensagens em podcast que me chegam através do WhatsApp.
Uma delas é o “Mini Sermão”, do padre Joãozinho, de
Santa Catarina, outra me é transmitida por um colega evangélico, o pastor e jornalista Walter Fernandes, residente na
Itália, e se chama “Presente Diário”.
Desses recados matinais, extraí as reflexões que seguem nessa postagem, tendo por base o quadro “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, pintado entre 1494 e 1498.
O quadro original mede 4,6 metros de altura por 8,8
metros de comprimento e segue exposto, conforme informações que obtive, neste mesmo convento até hoje.
Leonardo da Vinci viveu entre 1452 e 1519 e pode ser
considerado um polímata, ou seja, aquele que detém conhecimento em diversos assuntos.
Antes de fazer a pintura ele pesquisou os textos
bíblicos, daí a postura e o gestual de cada dos participantes da ceia,
incluindo Jesus Cristo, o mestre de Nazaré.
Várias reproduções da pintura original aparecem pelo
mundo afora, não vamos entrar em detalhes sobre isso.
Procure, entretanto, observar atentamente cada um dos
participantes da cena.
O jantar chegava ao final e Jesus faz uma revelação
inesperada e sincera: “Um de vós há de me trair”.
Cada convidado passa a reagir de acordo com aquilo que
traz em seu pensamento, a obra de arte parece ganhar movimento.
Leonardo da Vinci capta esta reação por isso a pintura também chamada de “Santa Ceia” se destaca ao longo dos séculos.
João, sentado à direita se mostra calmo, é o discípulo
amado. À esquerda do mestre, está Tiago, seu irmão com rosto admirado e de
braços abertos como a perguntar. “Qual a razão para trai-lo?”
Tomé levanta o dedo e quer uma prova. Filipe de pé, parece não entender o que está acontecendo, talvez estivesse distraído.
Mateus
olha para os últimos à sua esquerda, Tadeu e Simão, e pede que eles prestem
atenção.
Bartolomeu, do outro lado, segura na mesa e se lembra que quando conheceu Jesus, o tratou com ironia e agora se mostra inseguro, parece não acreditar no que acabou de ouvir.
André, o irmão de Pedro, levanta as mãos como a dizer: "Eu não!" Pedro pede a João que explique o que aconteceu e pergunta ao Mestre: "Quem seria?" O traidor, Judas Iscariotes, agarra um saquinho de moedas.
Descobrir-se vítima de uma traição deve ser um dos
piores sentimentos para o ser humano. Jesus passou por isso
Neste caso, já sabia de antemão quem cometeria a
traição e que não seria apenas um.
Pedro, sempre impetuoso, afirma que jamais o
abandonaria e o Senhor, para sua surpresa, anuncia que ele o negaria por três
vezes.
É possível que Judas pertencesse a um grupo chamado
“zelotes”, formado por nacionalistas que queriam ver a nação de Israel liberta
do domínio dos romanos.
Talvez Judas tenha ficado decepcionado porque o “reino”
que Jesus anunciava não tinha a conotação política que esperava.
Ele, portanto,
não teve dificuldade de o entregar ao Sinédrio por 30 moedas de prata.
Quando Jesus foi preso, Pedro o acompanhou de longe e
por três vezes, quando indagado se fazia parte do grupo dos doze, negou o
Mestre.
Então o galo cantou e depois, o texto bíblico informa que
Pedro “chorou amargamente”.
Mateus relata que Judas sentiu remorso, devolveu o
dinheiro e se enforcou.
Depois de ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos e
teve uma conversa séria e difícil com Pedro.
Perguntou a ele três vezes se o amava e pede para que
apascente suas ovelhas, tal como um pastor cuida dos seus cordeiros.
O "Presente Diário" afirma que se Judas não tivesse se matado e pedido
perdão, certamente Jesus também o perdoaria.
Conclusão: “Não importa o tamanho de nosso pecado. Se
nos arrependermos sinceramente e o confessarmos ao Senhor, ele sempre perdoará”.
Fontes: João Carlos
Almeida; padre músico e apresentador do "Mini Sermão", edição dia 15/04/25
Clarice Tammerik - Rádio Transmundial - programa "Presente Diário", edição dia 13/04/25
Trechos bíblicos citados: Jo
13,21-33.36-38 e Jo 21.15-19
Mt 26, 34-47-50 e Mt. 27. 1-5
Muito honrado pela menção, Gera! Muito obrigado pela reflexão! Boa Páscoa! Que Deus te abençoe!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirSomente um ser superior como Jesus para entender a infantilidade daqueles que o cercavam e perdoar de maneira natural sem qualquer ressentimento.
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