quarta-feira, 16 de abril de 2025

Reflexões sobre a última ceia na pintura de Leonardo da Vinci

Recebo diariamente mensagens em podcast que me chegam através do WhatsApp.

Uma delas é o “Mini Sermão”, do padre Joãozinho, de Santa Catarina, outra me é transmitida por um colega evangélico, o pastor e jornalista Walter Fernandes, residente na Itália, e se chama “Presente Diário”.

Desses recados matinais, extraí as reflexões que seguem nessa postagem, tendo por base o quadro “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, pintado entre 1494 e 1498.


 A obra na época foi financiada pelo duque Ludovico Sforza, responsável pelo convento dominicano de Santa Maria delle Grazie, em Milão.

O quadro original mede 4,6 metros de altura por 8,8 metros de comprimento e segue exposto, conforme informações que obtive, neste mesmo convento até hoje.

Leonardo da Vinci viveu entre 1452 e 1519 e pode ser considerado um polímata, ou seja, aquele que detém conhecimento em diversos assuntos.

Antes de fazer a pintura ele pesquisou os textos bíblicos, daí a postura e o gestual de cada dos participantes da ceia, incluindo Jesus Cristo, o mestre de Nazaré.


Várias reproduções da pintura original aparecem pelo mundo afora, não vamos entrar em detalhes sobre isso.

Procure, entretanto, observar atentamente cada um dos participantes da cena.

O jantar chegava ao final e Jesus faz uma revelação inesperada e sincera: “Um de vós há de me trair”.

Cada convidado passa a reagir de acordo com aquilo que traz em seu pensamento, a obra de arte parece ganhar movimento.

Leonardo da Vinci capta esta reação por isso a pintura também chamada de “Santa Ceia” se destaca ao longo dos séculos.


João, sentado à direita se mostra calmo, é o discípulo amado. À esquerda do mestre, está Tiago, seu irmão com rosto admirado e de braços abertos como a perguntar. “Qual a razão para trai-lo?”

Tomé levanta o dedo e quer uma prova. Filipe de pé, parece não entender o que está acontecendo, talvez estivesse distraído. 

Mateus olha para os últimos à sua esquerda, Tadeu e Simão, e pede que eles prestem atenção.

Bartolomeu, do outro lado, segura na mesa e se lembra que quando conheceu Jesus, o tratou com ironia e agora se mostra inseguro, parece não acreditar no que acabou de ouvir.

André, o irmão de Pedro, levanta as mãos como a dizer: "Eu não!" Pedro pede a João que explique o que aconteceu e pergunta ao Mestre: "Quem seria?" O traidor, Judas Iscariotes, agarra um saquinho de moedas.  


Descobrir-se vítima de uma traição deve ser um dos piores sentimentos para o ser humano. Jesus passou por isso

Neste caso, já sabia de antemão quem cometeria a traição e que não seria apenas um.

Pedro, sempre impetuoso, afirma que jamais o abandonaria e o Senhor, para sua surpresa, anuncia que ele o negaria por três vezes.

É possível que Judas pertencesse a um grupo chamado “zelotes”, formado por nacionalistas que queriam ver a nação de Israel liberta do domínio dos romanos.

Talvez Judas tenha ficado decepcionado porque o “reino” que Jesus anunciava não tinha a conotação política que esperava.

Ele, portanto, não teve dificuldade de o entregar ao Sinédrio por 30 moedas de prata.

Quando Jesus foi preso, Pedro o acompanhou de longe e por três vezes, quando indagado se fazia parte do grupo dos doze, negou o Mestre.

Então o galo cantou e depois, o texto bíblico informa que Pedro “chorou amargamente”.

Mateus relata que Judas sentiu remorso, devolveu o dinheiro e se enforcou.

Depois de ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos e teve uma conversa séria e difícil com Pedro.

Perguntou a ele três vezes se o amava e pede para que apascente suas ovelhas, tal como um pastor cuida dos seus cordeiros.

O "Presente Diário" afirma que se Judas não tivesse se matado e pedido perdão, certamente Jesus também o perdoaria.

Conclusão: “Não importa o tamanho de nosso pecado. Se nos arrependermos sinceramente e o confessarmos ao Senhor, ele sempre perdoará”.


Fontes: João Carlos Almeida; padre músico e apresentador do "Mini Sermão", edição dia 15/04/25

Clarice Tammerik - Rádio Transmundial - programa "Presente Diário", edição dia 13/04/25

Trechos bíblicos citados: Jo 13,21-33.36-38 e Jo 21.15-19

Mt 26, 34-47-50 e Mt. 27. 1-5

 


4 comentários:

  1. Muito honrado pela menção, Gera! Muito obrigado pela reflexão! Boa Páscoa! Que Deus te abençoe!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Somente um ser superior como Jesus para entender a infantilidade daqueles que o cercavam e perdoar de maneira natural sem qualquer ressentimento.

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